Dicas e Truques

Ciclistas e sinais de trânsito

Há cada vez mais ciclistas nas nossas estradas, o que é positivo, mas parece que alguns desconhecem as regras do trânsito, incluindo a obrigatoriedade de parar nos sinais STOP e nos semáforos.

Carlos Pinto

2 minutos

Ciclistas e sinais de trânsito

Muitos ciclistas desconhecem a lei, ou fingem desconhecer, passando sinais vermelhos, não parando nos sinais STOP e adotando um comportamento que todos, mais tarde ou mais cedo, iremos pagar.

Não é de agora, aliás é um problema antigo e denota por um lado que existem pessoas que ou desconhecem a lei ou pura e simplesmente se estão a "borrifar" para a mesma. 

A nova legislação atribuiu direitos aos ciclistas - mas também deveres - que foram muito difíceis de alcançar. Estamos há décadas a solicitar às autoridades para reconhecerem os ciclistas como parte integrante da sociedade e com direitos face aos restantes veículos que circulam nas vias públicas, mas cresce o clima negativo face à nossa comunidade devido, em parte, a este comportamento que, para além de ilícito, denota falta de educação, falta de altruísmo e desleixo puro e duro. 

Entre os argumentos daqueles que fazem este tipo de transgressão à lei destacam-se sobretudo duas ou três respostas: muitos não param nos sinais vermelhos dos semáforos ou nos STOP pois alegam que isso faz a sua média descer, quebrando o ritmo. Outros preferem dizer que não estando a prejudicar ninguém não acham necessário parar. Todos aqueles com quem falámos assumiram que viram o sinal vermelho ou o STOP, portanto não podem alegar descuido ou desconhecimento.

O que está em jogo quando alguém passa um sinal ou semáforo destes não é somente a questão da segurança. Sabemos que muitos o fazem, mas confirmam primeiro se o podem fazer. Aqui a questão é outra. A imagem que cada um de nós (ciclistas) transmite, é a que todos nós, (comunidade de ciclistas) temos, quer queiramos quer não. 

O que eu fizer na estrada repercute-se na opinião que outros têm de toda a comunidade de ciclistas em geral. E o mais engraçado é que são sobretudo os ciclistas amadores a transgredir a lei e não os profissionais.

Se queremos ser respeitados na estrada, temos de respeitar as regras.

O mesmo se passa com as embalagens de géis e barras que muitos atiram para o chão. Não compreendemos como é que alguém pode em pleno século XXI desconhecer o ciclo de vida do plástico presente nas embalagens destes produtos. Será assim tão difícil guardar a embalagem no bolso e quando chegar a casa colocá-la no lixo? 

Lanço ainda um último repto. Cumprimentar alguém numa volta de bicicleta é algo que fica bem e denota a nossa educação. Porque motivo muitos não se dão ao trabalho de dizer "Bom dia" quando ultrapassam alguém? É um gesto simples, comum no ciclismo. 

Não custa nada adotarmos uma atitude positiva, educada, salutar. Temos todos a ganhar - a nível coletivo e a nível individual - e transmitiremos uma imagem muito melhor. 

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