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14 conselhos sobre mecânica para quem viaja de bicicleta

Neste artigo mostramos-te alguns truques para que a tua bicicleta não te falhe na tua próxima viagem.

Revista BIKE e www.mountainbikes.pt

14 conselhos sobre mecânica para quem viaja de bicicleta
14 conselhos sobre mecânica para quem viaja de bicicleta

1 Tubeless

Embora possas estar a usar o sistema tubeless, os furos podem ocorrer, mas uma das vantagens deste sistema é poder jogar com a pressão dos pneus em função do peso que levemos (nos alforges ou mochila) ou do terreno por onde transitemos. Se habitualmente encontras picos nos caminhos por onde andas, deves mesmo usar líquido selante, pois evitará paragens constantes. Contudo, recomendamos-te levar sempre uma ou duas câmaras de ar e um kit de remendos para te safar em algum apuro.

2 Evita os snake bites

Se levas câmara de ar nos teus pneus lembra-te de colocares mais pressão do que habitualmente para compensar o peso extra e evitar furar por snake bite. 

3 Kit antifuros

Em relação aos furos, com uma caixa de remendos (4), e sabendo utilizá-los adequadamente, não será necessário levar mais do que uma câmara de ar, excepto por descarga de consciência e quando não tiveres pachorra ou tempo de remendar um furo. Não te esqueças dos desmontas (2) e de preferência de boa qualidade (os de plástico de baixa qualidade partem com facilidade).

4 Discos ou travões de aro

Se estás a pensar comprar uma bicicleta nova valoriza a opção de ter travões de disco (sobretudo hidráulicos). Ao levares uma bicicleta com mais peso, ter uns travões potentes será bastante útil, especialmente em condições húmidas, onde muitos travões de aro deixam muito a desejar. 

5 Zip ties

Nunca sabemos quando é que o azar vai bater à porta, por isso mais vale prevenir do que remediar. Um dos elementos "obrigatórios" para quem faz viagens de bicicleta são os zip-ties, ou abraçadeiras de plástico de vários tamanhos. E não te esqueças de um mini-alicate para cortar as pontas. 

6 Cuidado com a corrente

Como parte do mecanismo impulsor, este componente sofre muito desgaste e tensão devido ao sistema de mudanças. E pior ainda quando em cima da bicicleta levamos alguns quilos a mais nos alforges. Como recomendação lembramos-te de que não deves abusar na passagem das mudanças, cruzando a corrente em excesso, por exemplo. Também é importante lubrificar a corrente frequentemente depois de uma limpeza geral e convém mudar a corrente a cada 3000 - 5000 km, dependendo do uso a que foi submetida. 

7 Manutenção

Não mudar uma corrente (que custa aproximadamente entre 15 e 30 euros, dependendo do modelo e marca) pode provocar desgaste na cassete e nos dentes das cremalheiras. Isto, a longo prazo, provova um desembolso económico maior. Recomendamos-te que meças a corrente (que se vai esticando ao longo do tempo) e ser rigoroso na altura da sua substituição. 

8 Cabos

Outra interessante peça de substituição que deves levar contigo são cabos de mudanças (no caso de transmissões mecânicas) e de travão (no caso de travões mecânicos). Uns raios do tamanho que as tuas rodas usam também deve fazer parte do teu pack. Nota que deves confirmar (antes da viagem) se o enraiamento das tuas rodas inclui raios com o mesmo tamanho ou com tamanhos diversos e se assim for deves estar preparado para tal. No entanto, se não vais pedalar numa zona remota e levas travões de disco não é tão problemático pois poderás continuar a pedalar sem fricção apesar de teres um raio partido e a roda ligeiramente descentrada. 

9 Multiferramenta

Dentro do kit básico de ferramentas que deves levar para uma viagem deve estar uma multiferramenta. Se não tens muita experiência, deves primeiro assistir a um curso básico de mecânica (a empresa Cabra Montêz organiza uns muito bons) e assim será muito mais fácil enfrentar os problemas com que te possas deparar. Deixa a ferramenta sempre à mão e nunca no fundo dos alforges. Preferencialmente coloca-a na bolsa do guiador ou no tubo horizontal. 

10 Carga máxima

Os suportes de bagagem costumam indicar a carga máxima permitida, a qual ronda entre os 25 e os 50 kg. É verdade que aguentam essa carga, mas será que aguentam as rodas e os pneus? Tem isso em conta, pois quanto mais "balão" tiverem os pneus, melhor resistem. 

11 A corrente salta de um carreto para o outro

É possível que o desviador esteja desajustado, a corrente esteja desgastada ou suja e inclusivé, que esteja tudo isso ao mesmo tempo. Para solucionar este problema sem utilizar ferramentas e em andamento, por vezes basta mexer os tensores alojados na saída da manete de mudanças. Mas lembra-te de limpar a transmissão logo que possas e afina as mudanças com tempo, usando os parafusos alojados no próprio desviador (High, nos carretos pequenos e Low nos carretos grandes). 

12 A corrente partiu-se

É possível que tenhas a corrente desgastada, tenhas abusado dos cruzamentos (nas mudanças) ou que numa passagem de mudança mais brusca a corrente se tenha partido. Usa um troca-correntes abrindo-a, analisando os elos e comprovando de que não está dobrada lateralmente. Para prosseguires o teu caminho até comprares uma nova deves primeiro unir novamente a corrente usando um elo rápido (tipo Power Link) que se ajuste à tua transmissão de 12, 11 ou 10 velocidades. 

13 Revisão diária

Confirma a pressão dos pneus, o estado da carcaça do pneu e se não existem partes danificadas na transmissão ou nos travões. Convém também rever o estado dos suportes dos alforges.

14 Revisão semanal

Se as condições meteorológicas e do terreno não são más convém ver o estado da corrente, fazer uma limpeza e ajustar as mudanças pois com a utilização, as mudanças de temperatura e a acumulação de pó, água ou qualquer elemento que encontremos no caminho vão dificultar progressivamente o correto funcionamento das mudanças. 

 

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