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Testámos as luvas Macna Spark com sistema de aquecimento

Nos dias realmente muito frios, algumas luvas de ciclismo, mesmo as mais quentes, não conseguem proporcionar uma estabilidade térmica que permita praticar ciclismo confortavelmente. Mas estas Macna Spark têm um sistema de aquecimento com bateria que resolve de vez esse problema.

Testámos as luvas Macna Spark com sistema de aquecimento
Testámos as luvas Macna Spark com sistema de aquecimento

Na zona norte do país, sobretudo, as manhãs podem ser muito frias no Inverno e no início da Primavera. Por isso, é necessário recorrer a roupa quente, sobretudo nas extremidades, como os pés e as mãos. Existem no mercado luvas quentes específicas para temperaturas muito baixas, mas ou são muito volumosas, fazendo com que se sinta uma perda de sensibilidade nos dedos ou tornam-se demasiado quentes para voltas superiores a 3 horas (geralmente a meio da manhã a temperatura já está mais amena e suportável, portanto as luvas muito grossas podem aquecer em demasia em voltas mais prolongadas). 

E se existissem umas luvas que permitissem regular a temperatura ao nosso gosto pessoal? Já existem e um dos exemplos são estas luvas da Macna, uma marca mais conhecida no segmento do motociclismo, mas que também tem um modelo - o Spark - que pode ser usado em ciclismo/BTT/mobilidade.

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As Spark estão disponíveis em duas cores - preto e amarelo fluorescente - e do tamanho XS ao XXXL. O sistema de aquecimento é baseado num conjunto de fios elétricos alojados no interior da luva que irradiam calor, alimentados por uma bateria (em cada luva) de Li-Po (7.4V - 2200mA). Cada luva leva uma bateria que fica alojada dentro de um compartimento fechado na zona do pulso. Como a luva tem cano alto, a posição da bateria fica numa zona relativamente sensível e embora não seja desconfortável, em caso de queda, pode implicar danos na bateria - dado que instintivamente colocamos primeiro as mãos no chão como modo de defesa -, mas também na parte interna do pulso. 

Colocar a bateria no compartimento após conetar o cabo não é propriamente fácil, dado que o cabo de alimentação tem algum volume, ao contrário do espaço disponível. Além disso, é preciso cuidado para não dobrar em excesso o cabo, caso contrário podemos danificar não só a bateria como o cabo da luva, inutilizando o sistema de alimentação da parte elétrica. 

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Logo que ligamos a bateria ao sistema, as luzes do display situadas na parte superior da luva ficam acesas e através do único botão podemos alterar entre quatro modos de aquecimento que mudam de côr para facilitar a sua identificação: vermelho (potência elevada), violeta (potência alta), azul (potência média) e branco (potência mínima). Três traços azuis - localizados ao lado do display do modo de aquecimento - vão indicando o estado da bateria, portanto podemos saber em qualquer situação se temos carga suficiente. 

Para ligar/desligar o sistema de aquecimento, basta carregar no botão durante alguns segundos e automaticamente ficará ativo o último modo escolhido. A sensação de aquecimento é imediata e sugerimos começar com o modo mais forte (vermelho) nos minutos iniciais, para uma sensação térmica agradável, e depois ajustar ao nosso gosto e ao enquadramento térmico. 

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No modo branco e azul o calor proporcionado já é bastante agradável e evitamos suar as mãos, algo a ter em conta dado que estas luvas, devido ao sistema elétrico, não podem ser lavadas na máquina. O modo de limpeza mais adequado é, após retirar as baterias, usar umas toalhitas ou eventualmente produtos específicos como a espuma Muc Off Foam Fresh. 

Este inconveniente leva-nos a crer que a utilização mais adequada não será o BTT e o ciclismo puro e duro, mas sim as e-bikes numa utilização mais focada na mobilidade ou eventualmente os passeios e deslocações a ritmo mais relaxado. Em andamentos mais elevados a sudação será maior, o que poderá levar a uma proliferação de bactérias no interior e consequentemente a odores. 

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Para além disso, existem inúmeras outras possibilidades de utilização destas luvas nos dias mais frios. Quanto ao tecido, mescla softshell e poliester, para a máxima resistência, durabilidade, proteção térmica, impermeabilidade, conforto, suavidade e resistência ao vento.

São bastante ergonómicas, confortáveis e tirando a bateria na zona do pulso não temos nada negativo a apontar. A qualidade de construção é boa, o tecido é resistente à chuva, possui bandas em gel na zona dos ossos do carpo e nervo ulnar para evitar adormecimento ou dor, bem como silicone em dois dedos, para a máxima aderência às manetes de travão. 

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No dedo indicador também encontramos uma superfície que permite manusear ecrãs de telemóvel e destacamos ainda um pormenor extra: as luzes fazem com que sejamos vistos pelos demais na via pública, o que aumenta a nossa segurança. 

As Spark custam 189,95€ e incluem as baterias, o carregador e um manual do utilizador. Têm certificação CE, portanto cumprem as normativas estabelecidas no espaço europeu.

Poderás encontrar mais detalhes em Spark kit | macna.com.

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