Dedicada a fazer produtos cada vez mais avançados no que respeita a vestuário, a Shimano presenteia-nos com estas capas de inverno semi-elásticas, para aqueles dias mais frios e secos.
Em termos de gama, existem modelos próprios para chuva. Estas capas Dual Softshell contam com alguma proteção contra salpicos, mas o seu foco é o frio e não a chuva. Não quer dizer que não nos possam safar numa “molha”, mas não é esse o objetivo. Vamos lá então mergulhar no assunto.
Com uma construção em membrana corta-vento e forro escovado (pêlo), estas capas oferecem uma proteção contra o frio sem impedir a respiração. Ou seja, bloqueiam grande parte do frio e permitem ainda a evacuação de algum suor. É claro que se usarmos estas capaz nas condições sugeridas pela marca 5 a 10ºC, dificilmente suamos dos pés, portanto nesse aspeto podes contar com pés secos.
Claro que o conforto termal é sempre relativo. 5ºC com sol ou com céu nublado são totalmente diferentes. E a sensação de frio também varia um pouco de indivíduo para indivíduo.
Com este inverno seco e maioritamente solarengo, testámos estas capas entre os 6 e os 16ºC, em dias de sol e outros mais nublados. E se nas mãos sentimos alterações de temperatura, normalmente os pés são menos sensíveis, por isso conseguimos utilizar estas capas numa amplitude termal maior do que a sugerida pela marca e sem desconforto.
No extremo mais frio, com 6-7ºC e sem sol, estas capas são essenciais. Sem elas torna-se desconfortável pedalar, especialmente se os sapatos forem minimamente arejados pois o frio cortante sente-se a entrar pelos orifícios e ao fim de algum tempo temos os dedos gelados. Com estas capas não temos este problema. O frio é minimizado, conseguimos pedalar com algum conforto, mas sem serem demasiado quentes. E se és realmente muito friorento, sugerimos outras capas da própria Shimano.
No extremo oposto, com 15-16º e o sol a aquecer, já sentimos os pés mornos e depois de algumas subidas até apetece tira-las, a não ser que a seguir tenhamos umas descidas e por isso vale a pena mantê-las calçadas. Até porque nunca se mostraram desconfortáveis nessas temperaturas mais altas.
Em suma, e apesar da sugestão da marca, em termos térmicos estas capas têm uma boa amplitude de utilização, praticamente safando-nos do frio a partir dos 5ºC e sem nos “assar” os pés quando estão 16ºC.
São fáceis de calçar e ajustar graças ao fecho traseiro na zona do calcanhar e à tira de velcro na zona da sola. É importante salientar que a zona do peito do pé não tem costuras, portanto não tem um ponto fraco no que respeita a isolamento térmico ou hídrico. De facto, e apesar de não serem classificadas como impermeáveis, estas capas podem-nos safar de uma breve chuva devido a essa construção. Só não são impermeáveis porque a zona do cano (canela) tem uma costura que deixa passar alguma água ao fim de alguns minutos. Mas para nos safar de uma chuva inesperada, servem perfeitamente.
Pontos positivos: ergonomia, amplitude de utilização, qualidade dos materiais
Pontos a melhorar: nada de relevante
