A influência do composto de borracha usado nos pneus é gigante na velocidade de rolamento em plano e em subida e isso ficou demonstrado em vários estudos. Aliás, esta diferença (no composto) tem mais influência do que o próprio peso do pneu ou o tipo e disposição dos tacos. O mesmo acontece na aderência, ou seja, cada composto provoca uma reação diferente.
Provavelmente já sabes que quanto mais suave for a borracha, mais aderente é, mas entretanto os estudos demonstram que quanto mais suave, mais fricção estática existe. Isto faz com que os pneus reajam melhor nas travagens e tenham uma tração muito superior, bem como aderência em curva, mas também aumenta a resistência ao rolamento, ou seja, o atrito. Portanto, nas chamadas categorias Gravity (como o Enduro e o Downhill), são usadas borrachas mais suaves, enquanto os pneus de XC usam borrachas mais duras.
Nos modelos topo de gama alguns pneus chegam a ter três compostos diferentes de borracha: um mais duro na banda de rolamento, um intermédio entre as camadas e um mais suave nos tacos laterais.
A maioria dos fabricantes indica a dureza da borracha dos seus pneus e essa informação é denominada como "Shore A". O Shore, ou dureza da borracha, é medido através de um cone achatado pressionado contra a borracha. Quanto mais profundo penetrar o cone, menor o valor e isso significa que a borracha é muito suave. As durezas entre 54a e 60a são as mais comuns no BTT. Há também fabricantes que dão nomes aos seus compostos. Por exemplo, o "Ultra Soft" da Schwalbe é mais suave do que o "Speed Grip" ou o "Speed". Na Michelin, o "Magi-X" é muito mais suave do que o "Gum-X".
Na Maxxis o compuesto também está presente na informação lateral: neste caso é o “3C Maxx Terra.