Apesar de só ter sido apresentado oficialmente agora, este projeto já estava a ser desenvolvido desde o início da pandemia, em 2020. Estas rodas que serão comercializadas como um produto "aftermarket", enquadram-se no segmento de alta gama. Pertencem à Orbea, uma das maiores marcas de bicicletas do país vizinho com sede em Mallabia.

Segundo a marca, estas rodas assentam em quatro pilares fundamentais: tecnologia, montagem, testes de controlo de qualidade e capacidade de personalização.
Todo o processo de desenvolvimento (design, protótipos e testes laboratoriais e no terreno) decorreram no laboratório próprio da marca e nos trilhos locais. Também a produção e montagem final decorre nas suas instalações. Deste modo, todos os processos são controlados ao milímetro e cada componente - como os raios, cubos, cabeças, etc - são escolhidos minuciosamente.

Embora nas suas instalações possuam vários processos robotizados e com maquinaria que assegura uma precisão absoluta na montagem, o fator humano também é imprescindível na equação.


Aliás, nestes dois anos já foram montadas nestas instalações mais de meio milhão de rodas, o que permitiu aperfeiçoar os processos.
ATENÇÃO A CADA DETALHE
Tecnologicamente falando, as rodas de carbono são assimétricas em dois aspetos, tanto na sua estrutura como no seu sentido, já que a dianteira e a traseira são diferentes. Como cada roda é submetida a forças e cargas diferentes, os aros obviamente também não são iguais.

Já tínhamos visto esta premissa noutra marca francesa bastante conhecida e a Oquo adotou-a de modo a aperfeiçoar ainda mais o comportamento de cada roda. Por exemplo, a traseira tem ganchos mais compridos para proteger melhor o pneu.

O perfil assimétrico do aro desloca os furos dos raios para um dos lados, equilibrando a tensão entre os raios dos dois lados. Internamente estes furos estão reforçados para suportar o stress da cabeça dos raios, eliminando peso onde não é necessário material extra. As furações estão inclinadas para melhorar o alinhamento da cabeça e do raio, criando menos tensões.

Por enquanto, só existem dois modelos de BTT, embora não esteja descartada a entrada da marca no segmento de ciclismo e de gravel. As rodas têm 29 polegadas e garantia de 3 anos, bem como crash replacement. As versões LTD permitem personalizar a pintura e os preços oscilam entre os 599€ e os 1.899€ (personalização incluída).
Oquo MC (Mountain Control)

Destinam-se a Trail e Enduro, têm uma largura interna de 32 mm na dianteira e 30 mm na traseira. Incluem cubos DT Swiss 350 e raios Sapin D-Sprint/Race. Há duas versões, a MC32LTD com aro em fibra de carbono e a MC32TEAM com aro de alumínio, também disponível em 27,5".
Oquo MP (Mountain Performance)

Destinam-se a competição em XC e podem ser usadas em XCM e Downcountry. A largura interna do aro ronda os 30 ou 28 mm, dependendo do modelo. Incluem cubos DT Swiss com raios Sapim. Há três variantes, a MC30LTD com aro de carbono e cubo DT Swiss 240s, a MT30TEAM de carbono também com cubo DT Swiss 350 e a MT28LTD com aro de alumínio e cubo 350.
Estes são os preços de todos os modelos:
MP30 LTD: 1.999€
MP30 Team: 1.299€
MP28 PRO: 599€
MC 32 LTD: 1.599€
MC32 TEAM: 699€
Poderás obter mais informações em www.oquowheels.com.