Passaram nada mais nada menos do que 12 anos desde que a Merida apresentou a sua primeira bicicleta topo de gama de competição (suspensão total), a Merida Ninety-Six. Foi em 2008 na ilha de Mallorca, em Espanha. Estivemos lá, e rodeados de mitos do mundo do BTT como José Antonio Hermida, Gunn-Rita Dahle e Ralph Naef, testámos este modelo durante alguns dias. A Ninety-Six converteu-se a arma de eleição da equipa nas provas da Taça do Mundo e Campeonatos do Mundo, ganhando provas e tornando esta bicicleta numa das referências no XC de competição.
Embora mantenha o nome que em tempos fez referência ao seu curso traseiro (que era de 96 mm), a nova versão tem 100 mm de curso em ambas as rodas nas versões RC (as de Cross Country), enquanto as outras versões têm 120 mm, bem como componentes específicos, como travões mais potentes e pneus com maior aderência. Todas as versões são de rodas 29" e chegarão ao mercado em janeiro de 2021, com quadros de carbono diferenciados (qualidade/peso). A topo de gama usa o carbono mais exclusivo e leve, o CF5, pesando o quadro 1.695g, sendo 250 gramas mais leve do que os restantes modelos (1.845g).
Para melhorar o seu rendimento nas descidas, a geometria foi modificada, reduzindo o ângulo de direção 1.5º face ao modelo anterior. Agora tem 68,5º nas RC e 67ª na normal (120 mm). O Reach (alcance) também foi aumentado e no tamanho M, com 453 mm, chega a ter o mesmo valor que no L da versão anterior.
A zona do eixo pedaleiro está mais baixa, bem como o standover, para dotar a Ninety-Six de mais estabilidade e conforto na condução. O ângulo de direção foi ajustado entre 1.5 e 2 graus, dependendo do modelo, chegando a uns verticais 76.5 graus, que colocam o peso à frente e sobre os pedais, procurando um melhor rendimento na pedalada.
O amortecedor traseiro é 7% mais progressivo. O maior rácio de compressão inicial aumenta a sensibilidade aos pequenos impactos, con progressividade e suporte a meio do curso. Todas as versões incluem amortecedor Fox com manete de bloqueio remoto duplo.
A nova versão introduz o novo sistema de amortecimento P-Flex, que não tem pivot na escora, para manter o peso mínimo. As escoras foram desenhadas para fletir, sem que este movimento afete a sua durabilidade. Também adota uma fixação para travão traseiro Flat Mount.
Nos pontos de articulação utiliza o conceito Non-Slip Tightening, introduzido originalmente na One-Twenty, e que facilita o aperto com uma chave T30, sem a necessidade de segurar outra chave no lado contrário do passador. Também usa rolamentos sobredimensionados em todos os pontos de rotação.
A nova Ninety-Six tem nada mais nada menos do que 19 mm de espaço para a roda sem afetar o Q-Factor (espaço entre cranques), um dado muito importante para os atletas de XC. E como é que os engenheiros da marca fizeram isto? Estreitando a escora na zona da cremalheira até aos 10 mm e retirando a cablagem desta zona estrutural. O cabo agora segue por outro canal.
Este modelo possibilita levar dois bidons, algo que é essencial em provas de longa distância.
A direção Wire Port introduz os cabos dentro do quadro, excepto o cabo de bloqueio do amortecedor, através de uma tampa superior da direção específica. Os cabos são guiados pela parte superior em vez de passar pela zona do pedaleiro, encurtando distâncias, peso e facilitando a manutenção.
A nova Ninety-Six estará disponível em quatro versões:
- Ninety-Six RC 9000, preço 8.899€, com quadro CF5, Shimano XTR, suspensões Fox Factory e rodas DT Swiss XRC1501 com Maxxis Recon Race 29x2,25"
- Ninety-Six RC XT, preço 4.899€, com Shimano Deore XT, suspensões Fox Performance e Maxxis Recon Race 29x2,25"
- Ninety-Six RC 5000, preço 4.199€, com Shimano SLX, RockSox SID e Maxxis Recon Race 29x2,25"
- Ninety-Six 8000, preço 6.999€, com SRAM GX Eagle, RockShox SID 120 mm e Maxxis Minion DHR 29x2,30".
Merida NINETY-SIX RC 9000
Poderás saber mais em https://www.merida-bikes.com/pt-pt.