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As bicicletas de suspensão total de XC mais cobiçadas do mercado

As bicicletas de suspensão total são as mais procuradas na atualidade e muitas delas também estão disponíveis em versões down country. por isso, neste artigo analisamos as principais opções que podem ser encontradas no mercado.

HÉCTOR RUIZ // FOTOS: ARQUIVO BIKE

As bicicletas de suspensão total de XC mais cobiçadas do mercado
As bicicletas de suspensão total de XC mais cobiçadas do mercado

Será que todas as bicicletas de suspensão total de XC são iguais? Bem, não vamos negar que no segmento de Cross Country, Maratonas e Down Country há uma grande percentagem de bicicletas que são bastante semelhantes. A razão não é outra senão a grande popularização dos sistemas de flexão do carbono no braço oscilante, na procura do menor peso possível e assumindo que neste tipo de sistemas de amortecimento com um curso reduzido, a opção por uma maior complexidade nem sempre tem um impacto notável no desempenho global da bicicleta.

A indústria está a simplificar estes sistemas, em parte devido ao pedido dos próprios consumidores, que são os juízes do que funciona e do que não funciona. Por outras palavras, aqueles sistemas que vendem muito pouco acabam por desaparecer, é tão simples quanto isso. Podemos dividir as bicicletas de XC em dois grandes grupos: as que utilizam um sistema com flexão de carbono como ponto pivot, que são mais simples e leves, e os sistemas multi-articulados, que são mais complexos e mais desafiantes na conceção do quadro (geralmente incompatíveis com a capacidade de transportar uma segunda grade de bidon, por exemplo), razão pela qual são também menos comuns. Há também outros tipos, mas são mais raros. De facto, um dos sistemas mais utilizados na história do BTT, o 4-Bar (com articulação "real" entre escoras superiores e inferiores), embora ainda amplamente utilizado em bicicletas de suspensão total com mais curso, tende a desaparecer em bicicletas de curso menor, com apenas algumas marcas como a Cube ou a Conway (que não incluímos na seleção) a utilizá-lo nas suas bicicletas de XC.

QUAL É A MELHOR? 

Não há uma resposta única a esta pergunta porque depende do tipo de utilização que fazemos e das nossas prioridades (qualidade de amortecimento, peso, design...), mas selecionamos uma boa representação do mercado nestas páginas. Acrescentámos uma pequena informação que indica qual delas pode ser encontrada tanto na versão Cross Country (100 mm em ambas as extremidades, geralmente) como na versão Down Country (entre 110 e 120 mm).

*XC: Curso de suspensão otimizado para Cross Country (competição). **DC: Aumento do curso para uma utilização mais versátil e confortável em Down Country.
 

MONOPIVOT COM FLEXÃO DO BRAÇO OSCILANTE

São os modelos mais difundidos atualmente em XC por uma razão fundamental: o seu sistema de amortecimento é mais simples e permite fazer um quadro mais leve, com menos peças complexas. Por esta razão, dispensam a articulação no braço oscilante, entre as escoras superiores e inferiores, tendo-se tornado definitivamente popular a flexão do carbono como substituto de um ponto de rotação. O peso do quadro é quase sempre inferior a 2 kg (estamos a falar da versão de carbono da mais alta qualidade, se houver mais do que uma), atingindo valores de cerca de 1.700 g para os mais leves. A sua desvantagem é que estes sistemas têm uma qualidade inferior do ponto de vista da cinemática, uma vez que não permitem tanta margem para afinar o seu comportamento durante todo o curso. São sistemas muito diretos, com uma leitura menos precisa do terreno do que outros sistemas mais complexos, pelo que dependem muito da qualidade do sistema hidráulico do seu amortecedor.

BERRIA MAKO 

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A renovação completa da Mako resultou num quadro versátil e totalmente modernizado, destacando o encaminhamento integrado dos cabos na área de direção, que reduz a carga visual dos cabos, e uma geometria completamente atualizada. A curiosidade está na possibilidade de montar diferentes cursos na frente, em função das nossas preferências, uma vez que foi desenvolvido em torno de um modelo de 110 mm, mas encontramos opções de 100 e 120 mm, sempre com um curso traseiro de 105 mm. O peso do quadro topo de gama é de 1.515g sem amortecedor. (XC: curso de 100mm na susp. e 105 no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 105 no amort.)

CANNONDALE SCALPEL

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Como é habitual na Cannondale, não podiam ter um sistema convencional dentro dos monopivots de flexão, por isso, desenvolveram uma zona plana nas escoras, à frente do eixo da roda, onde se concentra a flexão do braço oscilante, um substituto “elástico” para a famosa junta Horst Link. Para quê? Para melhorar a sensibilidade inicial do sistema e o comportamento global do amortecimento, melhorando a qualidade deste tipo de conceção. A gama é completada com uma multiferramenta integrada no quadro, duas grades de bidon e as suspensões Lefty Ocho (ou RockShox SID nos modelos mais básicos). (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

CANYON LUX

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A versão mais recente da Canyon neste segmento, com um quadro que é muito semelhante ao anterior, inclui uma versão Lux Trail com 110/120 mm de curso, em que todos os detalhes foram polidos com o objetivo de reduzir o peso, aligeirando cada tubo para atingir um valor de apenas 1.535 g (sem amortecedor), na sua versão CFR, a mais exclusiva das duas que esta bicicleta oferece. Além disso, a Canyon também oferece a versão CF com outras fibras de carbono mais acessíveis, com um peso declarado de 1.925 g, que ainda é muito competitivo para uma segunda gama.  (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 110 no amort.)

BIANCHI METHANOL FS

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Graças à utilização das fibras viscoelásticas Countervail, desenvolvidas pela marca italiana, a Bianchi criou um quadro que não só depende da flexão das escoras superiores, mas é capaz de reduzir as vibrações em mais 80%, acrescentando conforto e precisão em andamento. E seguindo a tendência atual, oferece a possibilidade de escolher entre duas opções de curso e "personalidade", com a opção FS de 100mm em ambos os eixos com uma configuração focada nas competições, e a FST, mais orientada para o Trail (ou Down Country) com uma suspensão de 120mm e uma seleção de componentes que realçam ainda mais o lado divertido da bicicleta. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 100 no amort.)

GIANT ANTHEM ADVANCED

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A Giant curvou-se perante a evidência de que o peso é vital no XC e XCM, pelo que sacrificaram o sistema Maestro, a imagem de marca da Giant, e passaram a utilizar o FlexPoint Pro, ligeiramente mais simples, eliminando uma ligação e vários pontos de rotação, poupando mais de 250g. Isto significa que o peso final é de cerca de 1.700 g com amortecedor, o que o torna um dos quadros mais leves. Alguns aspetos também foram sacrificados, tais como a cablagem, onde a solução mais direta foi escolhida e é externa ao braço oscilante. O novo sistema baseia-se na tecnologia Live Valve da Fox nas duas configurações mais caras. (XC: curso de 110mm na susp. e 100 no amort.)

KTM SCARP

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Por falar em pesos-pluma, as Scarp, da KTM, sempre ocuparam uma posição privilegiada, com pesos que nas versões Exonic descem para 9,5 kg, mesmo abaixo dos 10 kg da versão MT com 115 mm de curso para Down Country. Toda a estrutura foi aligeirada milimetricamente, e o sistema SLL (Straight Line Link), no qual o link e o amortecedor funcionam de forma completamente linear e reduzem a tensão gerada no quadro, permitiu refinar o material nesta área, conseguindo um peso de pouco mais de 1.830 gramas com o amortecedor. (XC: curso de 100mm na susp. e 95 no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 115 no amort.)

LAPIERRE XR

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A XR é um modelo praticamente novo, com um quadro completamente desenvolvido de raiz e que representa uma grande evolução em relação à versão anterior. No seu “chassis” há mais de 300 peças de carbono dando vida aos seus 1.772 g na versão XR Team (2.038 g com amortecedor), um peso que sobe para 1.970 g na versão mais barata da XR. Este novo desenho permite transportar dois bidons e o cockpit é fabricado numa só peça nas versões topo de gama, como esta Race 9.9. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 110 no amort.)

LEE COUGAN CROSSFIRE 428

Crossfire428 Race LC
 

Esta é uma bicicleta com um toque puro e direto, ostentando as escoras mais curtas no mercado de XC de suspensão total, com apenas 428mm (daí o nome da bicicleta). A geometria move-se assim entre o moderno e o clássico, com traços de ambos, e transmite muita agilidade a baixas velocidades com uma transmissão de potência muito elevada e um bom ritmo quando queremos pedalar vigorosamente ou subir. O encaminhamento dos cabos é completamente interno e começa no avanço, com um sistema que introduz os cabos no interior do quadro e desaparece sem deixar rasto. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort.)

MASSI AIRE SL

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Aire é o nome que reflete as aspirações desta bicicleta da Massi, um quadro que destila leveza para onde quer que se olhe, e no qual o talento da atleta Loana Lecomte floresceu a nível internacional, durante o seu tempo com a equipa Massi. Utilizada durante várias temporadas em Taças do Mundo, Campeonatos do Mundo e Jogos Olímpicos, a sua estrutura foi feita com fibras de módulo ultraelevado (UHM) Toray para lhe dar um peso de 1.670 g sem amortecedor, um quadro que é, a propósito, o mesmo que está equipado em toda a gama, desde a versão mais económica até à mais elitista. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort.)

MEGAMO TRACK

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Na nova Track, a Megamo reformulou a sua filosofia, dando vida a um projeto muito mais pessoal e profissional, um quadro muito atrativo e cheio de personalidade. E muito se poderia dizer sobre isso porque trataram de todos os detalhes, ouvindo absolutamente tudo o que um betetista procura atualmente: possibilidade de transportar dois bidons, cablagem interna na direção, geometria moderna e equilibrada, parafusos do braço oscilante escondidos, linhas agressivas, guiador e avanço integrados, duas versões de curso (100 e 120 mm) e claro, o peso, com um quadro de 1.750 g (sem amortecedor). (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

MERIDA NINETY SIX

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Esta Ninety-Six é o regresso há muito esperado da Merida à linha da frente do XC/XCM, com um quadro que utiliza a tecnologia P-Flex no seu braço oscilante traseiro e é muito equilibrada em termos de desempenho, alcançando uma performance excecional nas subidas e muito boas notas em termos de agilidade e estabilidade. A cablagem está escondida nos copos da direção e amortecedor, e a bicicleta pode transportar dois bidons, com a possibilidade de integrar ferramentas e outros acessórios no quadro. O peso pesa 1.695 g (sem amortecedor) e a fiabilidade foi uma prioridade na sua construção, e é por isso que inclui um pedaleiro de rosca. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

MMR KENTA SL

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Esta Kenta é uma bicicleta concebida para competição. A sua geometria caracteriza-se por valores típicos nos modelos de alta competição e é focada no desempenho, com escoras muito curtas de 435mm, um ângulo de direção de 69°, ligeiramente menos arrojado do que os padrões atuais, um alcance de 440mm em tamanho M e suspensão de 100mm em todos os modelos Kenta e Kenta SL, com uma versão SXC disponível com uma suspensão de 120mm. As duas grades de bidon, o aspeto limpo e agressivo e a bem conhecida relação qualidade/preço da marca tornam-na num best-seller. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 100 no amort.)

ORBEA OIZ

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Em Espanha é uma das bicicletas mais vendidas, mas em Portugal a ausência de campanhas de Marketing ainda a torna um modelo algo desconhecido para muitos potenciais clientes. No entanto, é uma excelente bicicleta e a fórmula para esse sucesso não é apenas o seu quadro de 1.740 g com amortecedor na versão de carbono OMX, mas o equilíbrio geral da geometria, detalhes (cabo de amortecedor oculto ou duas grades de bidon, por exemplo), estética e montagem muito bem sucedida, bem como a possibilidade de ter decorações únicas no programa MyO, incluindo a cor Factory como a da imagem. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

SANTA CRUZ BLUR

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Superlight, o nome do sistema de amortecimento agora utilizado na nova Blur, diz tudo, deixando para trás o icónico VPP da marca californiana. Embora no início esta decisão possa ter sido controversa para os seguidores da Santa Cruz, tanto o aparecimento desta impressionante bicicleta como o seu sucesso em competição, sabendo o que significa estar nos pódios da Taça do Mundo com Luca Braidot e estar entre os melhores com o resto da equipa, confirmam a direção certa que a marca tomou. De facto, o quadro foi aligeirado em quase 300 g com este desenho (na versão de carbono CC). (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 115 no amort.)

SPECIALIZED EPIC

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Coincidentemente ou não, o nome reflete o que esta bicicleta tem significado para o XC e XCM durante décadas. A bicicleta de referência durante anos e anos pela sua grande eficiência e sucesso na competição, conhecida pela sua tecnologia Brain dentro do seu amortecedor - e suspensão também - mantém o sistema hidráulico das suas suspensões sempre bloqueado até que a inércia dos impactos liberte o mecanismo e com ele a passagem do óleo. No entanto, a Epic oferece uma sensação ligeiramente mais divertida nas versões EVO de Down Country, com um amortecedor de 110mm (120mm na suspensão) e sem esta tecnologia. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 110 no amort.)

WILIER URTA SLR

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Juntamente com a Lee Cougan, Massi e MMR, esta é uma das mais puras bicicletas de XC, com geometrias menos lançadas e mais reativas, com o objetivo de conseguir uma pedalada energética e rápida. Sem ir mais longe, esta Urta SLR é exatamente a mesma bicicleta utilizada por Fabian Rabensteiner quando este ganhou o Campeonato Europeu de XCM e por Simone Avondetto no Campeonato Europeu de Sub-23 XCO. O quadro pesa 1.730 g sem amortecedor, e na variedade de montagens oferecidas podemos optar pela RockShox ou Fox ao nosso gosto. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort.)

MONOPIVOT COM INTEGRAÇÃO

São o mesmo tipo de bicicletas da categoria anterior e também se baseiam num sistema direto que utiliza a flexão de carbono como pivot. Mas mostramos estas duas bicicletas porque são dois novos conceitos onde a integração, especialmente no amortecedor, vai muito mais longe e representa um novo ponto de partida para futuros desenhos de sistemas de amortecimento.

SCOTT SPARK

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A Scott estabeleceu a referência em termos de integração ao esconder o amortecedor dentro do quadro, incorporando a tecnologia da pequena marca Bold (agora propriedade da Scott). A Spark RC, a bicicleta do Campeão Mundial Nino Schurter, também se destaca pela sua geometria e, sobretudo, por ter quebrado definitivamente a barreira de 100 mm de curso em XC e optado por 120 mesmo para uma utilização em competição. Ao serviço desta filosofia está a tecnologia NUDE dos seus amortecedores, em que ao simplesmente pressionar a alavanca Twin Loc faz reduzir o curso do seu amortecedor para 80 mm e endurece-o para uma pedalada mais eficiente. (XC: curso de 120mm na susp. e no amort. / DC: curso de 130mm na susp. e 120 no amort.)

TREK SUPERCALIBER

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A grande alteração desta bicicleta está relacionada com a visão da Trek acerca das provas de XC, afirmando que um sistema de apenas 60 mm é capaz de reunir o melhor de uma bicicleta rígida em termos de reatividade e comportamento de subida e o melhor de uma suspensão total quando se trata de responder com segurança nas descidas. E não é tudo: a Trek desenvolveu o sistema IsoStrut no qual o amortecedor (com um sistema hidráulico convencional no interior) faz parte da própria estrutura do tubo superior, enquanto um deslizador se move sobre ele quando os impactos aparecem, sendo uma espécie de extensão das escoras, que fletem de uma forma muito marcante. (XC: curso de 100mm na susp. e 60 no amort.)

SISTEMAS MULTIARTICULADOS 

Graças à presença de um maior número de links e pontos de rotação na sua conceção, conseguem um comportamento em que o amortecedor é muito pouco influenciado pela pedalada, e permitem uma maior independência do sistema de amortecimento face a outros fatores como a aceleração (Anti-Squat) e a travagem, desenhando assim as irregularidades do terreno com maior precisão, embora pagando o preço de um peso maior.

BH LYNX RACE CARBON

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A BH continua a empenhar-se firmemente no seu sistema de amortecimento traseiro de pivot único com articulação Split Pivot, um eixo concêntrico entre as escoras superiores e inferiores, conseguindo um equilíbrio entre os sistemas que utilizam o carbono flexível e os sistemas virtuais. O seu sucesso na competição é bem conhecido, com a medalha olímpica de David Valero, sendo uma bicicleta que ainda é muito leve, apesar da utilização deste ponto de rotação extra. O quadro pesa 1.950 g no tamanho M. A BH também assumiu outro firme compromisso de integração, especialmente em termos de cablagem, que é inserida de uma forma muito discreta na direção. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

BMC FOURSTROKE

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Desde há várias temporadas, a BMC tem vindo a ostentar o sistema APS (Advanced Pivot System) na Fourstroke, também disponível numa versão LT de 120mm. É uma bicicleta que já vimos e continuamos a ver com resultados na alta competição, e que possui uma geometria eficiente que na altura do seu lançamento já estava posicionada como uma das mais modernas e equilibradas do momento. Incorpora um componente único, um espigão de selim telescópico concebido em conjunto com o quadro, chamado RAD, e que se integra perfeitamente com as suas formas, deixando o peso do quadro, amortecedor e espigão de selim em 2.575 g (2.180 g sem o espigão de selim).  (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

CORRATEC REVOLUTION ILINK

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A lendária marca dos anos 90, a Corratec, entrou numa nova era na qual a visão atual do Cross Country é a de um tipo de bicicleta que é eficiente, mas muito confortável e divertida. Esta filosofia foi incorporada no seu sistema iLink (Inside Link), um VPP ou ponto pivot virtual no qual todas as forças envolvidas na pedalada são muito controladas e permite ao amortecedor continuar a trabalhar livremente quando surgem as situações mais complicadas, suavizando o terreno. Está disponível na versão XC, com 100 mm de curso, e DC, com 120 mm.  (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

GHOST LECTOR FS

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Sob o conceito Superfit encontramos muitas peculiaridades nesta bicicleta. A principal é a sua geometria: triângulo frontal muito longo com avanço muito curto, baseado não na capacidade nas descidas como em outras marcas, mas na procura da melhor eficiência para transferir a potência das nossas pernas para a bicicleta. O outro aspeto interessante é que, dependendo do tamanho, o curso é modificado de modo a continuar a adaptar a capacidade geométrica proporcionalmente ao tamanho do ciclista, com 115 mm de curso na traseira e 120 mm na suspensão (do tamanho M ao XL, e 107 e 100 mm nos tamanhos pequenos S e XS).  (XC: curso de 100mm na susp. e 107 no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 115 no amort.)

INTENSE SNIPER

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O historial da Intense no mundo do DH e Enduro com o seu sistema de amortecimento virtual, agora chamado JS Tuned, está corporizado na Sniper, uma bicicleta de XC um pouco diferente e muito original. O aspeto racing não foi de todo negligenciado e tem uma grande eficiência de pedalada (de facto, não tem um bloqueio de amortecedor remoto) com grande apoio no curso intermédio, de modo que se possa mesmo pedalar de pé de uma forma muito estável. Mas também enfatiza o divertido aspeto do Cross Country com uma geometria ágil e um conjunto global muito confortável, tanto na versão de 100 mm como na versão Down Country, de 120 mm. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e no amort.)

MONDRAKER F-PODIUM

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O conhecido sistema ZERO da marca de Alicante é a bandeira da F-Podium, proporcionando a mais perfeita capacidade de pedalada e absorção de impactos que conhecemos e tudo isto com uma construção muito elaborada que conseguiu manter o peso do quadro num valor muito baixo, 1.880 gramas no tamanho M sem amortecedor, colocando-o, de acordo com a própria marca, no topo dos quadros de pivot virtual mais leves. A geometria Forward torna-a uma das melhores bicicletas a descer no XC, uma capacidade que é ainda melhorada na versão Downcountry, com cursos de 120mm. (XC: curso de 100mm na susp. e no amort. / DC: curso de 120mm na susp. e 110 no amort.)

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