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Todos os detalhes da 13ª etapa da Vuelta no Angliru

Hoje o pelotão vai enfrentar uma das etapas mais duras desta edição da Volta a Espanha: 202 km nas Austúrias, com o Alto de la Mozqueta (6,3 km a 8,4%) e El Cordal (5,5 km a 8,8%) como aperitivo para o demolidor Angliru (12,4 km a 9,7%). 

Ciclismo a fundo

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Todos os detalhes da 13ª etapa da Vuelta no Angliru

A Volta a Espanha 2025 entrou na fase decisiva e hoje os ciclistas vão enfrentar uma das etapas mais duras, com meta no Angliru. Esta é a primeira das grandes subidas desta edição, a qual vai certamente clarificar quem serão os ciclistas com reais hipóteses de disputar a vitória na penúltima etapa, ou seja, na subida da Bola del Mundo. 

Hoje, a 13ª etapa começa em Cabezón de la Sal (Cantábria) e é a segunda mais longa desta edição, com 202 km, e é a primeira com chegada numa subida de grau de dificuldade muito elevado. Amanhã, sábado, será a segunda jornada com grau extremo, dado que a meta estará localizada na subida de primeira categoria de La Farrapona (17 km a 6%). 

O Angliru é uma das subidas mais duras do mundo devido aos seus 12,4 km a 9,7% de inclinação média, mas os últimos 7 km têm desníveis de 23%, na temível Cueña les Cabres (a 3 km da meta). 

Mas o Angliru não é a única dificuldade desta etapa, dado que antes os ciclistas vão enfrentar duas subidas também de primeira categoria: Alto de la Mozqueta (6,3 km a 8,4%) e El Cordal (5,5 km a 8,8%). As três subidas estão concentradas nos 60 km finais. 

Será a décima vez que esta subida aparece no trajeto da Volta a Espanha e já ganharam aqui ciclistas como Alberto Contador (duas vezes), José María Jimenez (o primeiro a vencer em 1999), Gilberto Simoni, Roberto Heras ou Primoz Roglic (em 2023).

Devido ao grau de dificuldade, hoje será o dia ideal para grandes diferenças temporais. Quem for um trepador de classe mundial e tiver capacidade para fazer mudanças de ritmo continuamente terá vantagem sobre os restantes. Tendo em conta aquilo que vimos até agora, Jonas Vingegaard é o que tem mais hipóteses de tirar partido desta subida. 

O dinamarquês da Visma-Lease a Bike tem 50 segundos de vantagem sobre João Almeida e 56 sobre Tom Pidcock, os seus principais rivais. 

Será que João Almeida conseguirá contrariar o favoritismo de Vingegaard? E Pidcock, que é mais explosivo do que João Almeida? Será que o britânico tem capacidade para - no seu terreno de eleição - passar do terceiro para o primeiro lugar? Veremos...

Nisto tudo só há uma certeza: estas duas subidas colocam cada um no seu lugar. Não há estratégias que resistam quando se atingem inclinações desta ordem e só as pernas, resistência física e muito foco mental podem ajudar. 

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