Com as forças quase no limite e a temível cronoescalada de amanhã, os candidatos à vitória final só atacaram nos últimos metros. Esta etapa rainha nos Dolomitas, com cinco subidas duríssimas seguidas e com 5.400 metros de desnível, deixou diferenças mínimas nos dois principais candidatos.
O primeiro a acelerar foi João Almeida, depois foi a vez de Primoz Roglic, logo seguido de Geraint Thomas. Foi nesse ataque que o luso ficou para trás, não conseguindo ir ao choque. Nos cinco metros finais, Roglic ainda teve forças para novo ataque, o que permitiu arrecadar três segundos. Por sua vez, João Almeida perdeu 23 segundos, ficando praticamente fora da vitória no Giro, excepto se algo de anormal acontecer. Em todo o caso, o pódio aparenta estar assegurado.
Feitas as contas, tudo indica que amanhã saberemos se será Geraint Thomas ou Primoz Roglic (que estão separados por 26 segundos) o grande vencedor da Volta a Itália. João Almeida está a 59 segundos, nas vésperas da dura cronoescalada de amanhã.
Esta cronoescalada terá 18,6 km e estará dividida em duas partes: a primeira é praticamente plana e terá 11,3 km, depois os ciclistas terão de subir o Monte Lussari (7,3 km a 12,1% de pendente média), mas com uma parte inicial terrível (4,8 km a 15,3% e com rampas que chegam a 22%).