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Pogacar e a sua equipa dão demonstração de força no Galibier

A equipa dos Emirados dominou a subida principal da prova, o Galibier, e o esloveno respondeu com um ataque poderoso na parte final, ganhando em Valloire. João Almeida foi dos que mais trabalhou e os rivais de Pogacar estão a mais de 40 segundos na classificação geral.

FERNANDO BELDA. FOTOS: SPRINT CYCLING AGENCY

Pogacar e a sua equipa dão demonstração de força no Galibier
Pogacar e a sua equipa dão demonstração de força no Galibier

A primeira grande etapa de montanha da Volta a França 2024 foi, como já se antecipava, um recital de Tadej Pogacar e da sua equipa. O Galibier, uma das montanhas mais duras, tem o condão de colocar cada ciclista no seu sítio. Devido à sua dureza, extensão, altitude e falta de oxigénio, ninguém consegue escapar. O esloveno demonstrou que está nesta prova com a intenção clara de ganhar e já enverga a camisola amarela após somar em Valloire a sua 12ª vitória na prova francesa. 

A altitude (o Galibier está a 2.642 metros) e o ritmo infernal que a UAE Emirates impôs durante a subida final, usando toda a artilharia disponível - Politt, Wellens, Soler, João Almeida, Adam Yates e Ayuso - destroçaram a corrida, deixando o grupo de favoritos reduzido a oito unidades (Pogacar, Almeida, Ayuso, Vingegaard, Carlos Rodríguez, Evenpoel, Landa e Roglic). 

A 850 metros do topo da subida, nas rampas mais duras do Galibier (acima de 9% de inclinação), Tadej Pogacar atacou. Só Jonas Vingegaard conseguiu responder, mas o esloveno insistiu várias vezes até que o dinamarquês acabou por ceder alguns metros. Esse pequeno espaço foi aumentando a pouco e pouco, até converter-se em 8 segundos de vantagem no topo da montanha. Evenepoel estava a 14 segundos e pouco depois seguiam Almeida, Ayuso, Carlos Rodríguez, Landa e Roglic. 

Depois do topo da montanha, os ciclistas ainda tinham pela frente mais 18 vertiginosos e rápidos quilómetros até Valloire. Pogacar arriscou sempre, indo ao limite sempre que podia. A vantagem foi crescendo e a certa altura Vingegaard foi apanhado nessa descida por Evenepoel, Roglic, Ayuso e Carlos Rodríguez. 

Pogacar chegou à meta com 35 segundos de vantagem sobre este quinteto (mais as bonificações obtidas na meta e no alto do Galibier). Os principais adversários perderam tempo e, sobretudo, levaram uma lição da UAE Emirates. 

Ainda falta muito para o Tour acabar, mas tanto o esloveno como a sua equipa demonstraram estar muito fortes. Veremos se este desgaste não será pago mais adiante, quando voltarem as grandes dificuldades. 

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