comitium

Pogacar ganha em Peyragudes, mas não consegue distanciar-se de Vingegaard

A UAE Team Emirates destroçou a etapa através de Bjerg e McNulty, ficando a luta pela vitória decidida num homem a homen entre Pogacar e Vingegaard. Geraint Thomas conseguiu cimentar o seu terceiro lugar.

Fernando Belda

Pogacar ganha em Peyragudes, mas não consegue distanciar se de Vingegaard
Pogacar ganha em Peyragudes, mas não consegue distanciar se de Vingegaard

Com a equipa completamente despedaçada (sem Majka, Soler, Bennett nem Laengen), Tadej Pogacar e a UAE Team Emirates saíram dispostos a colocar a corrida de pernas para o ar e lutar corpo a corpo com o líder Jonas Vingegaard, em mais uma grande batalha nos Pirenéus. 

Numa jornada com quatro subidas seguidas (Col d’Aspin, Hourquette d’Ancizan, Col de Val Louron-Azet e Peyragudes), a equipa dos Emirados queimou todos os seus cartuchos após um excelente trabalho de Mikkel Bjerg e Brandon McNulty, deixando a corrida onde o seu líder queria, para um "mano a mano" entre Pogacar e Vingegaard (que estava já isolado na penúltima das subidas). 

mcnulty al frente del grupo de favoritos
 

Foi somente nos metros finais que se decidiu a vitória nesta etapa, tendo Pogacar atacado, ganhando pela terceira vez nesta edição do Tour. E graças às bonificações, encurtou 4 segundos a desvantagem que tem sobre Vingegaard, que chegou colado à sua roda, dando um passo de gigante para assegurar a vitória em Paris. Mais do que a vantagem que tem (que agora é de 2m18), sente-se que o dinamarquês tem tudo sob controlo, não se notando nenhuma debilidade. Amanhã será a última oportunidade para Pogacar tentar recuperar tempo antes do contrarrelógio de sábado. 

Atrás, um incansável McNulty ainda conseguiu cortar a meta em terceiro, a 32 segundos, depois de impôr um ritmo diabólico que deixou muitos ciclistas completamente sufocados. O quarto foi Geraint Thomas, que ganhou uma margem confortável sobre Nairo Quintana (1m25) e Gaudu (1m20), consolidando assim a sua terceira posição. Além do mais, é um bom contrarrelogista, portanto no sábado é um dos homens a ter em conta. 

A etapa ficou completamente partida a partir da segunda subida do dia (Hourquette d’Ancizan), revelando que muitos ciclistas estão claramente no limite das suas capacidades. Por exemplo, Adam Yates perdeu 9 minutos e caiu para o 9º lugar, Tom Pidcock saiu do Top10...

Amanhã os ciclistas vão enfrentar a última grande jornada nas montanhas dos Pireneus (Lourdes-Hautacam, de 143 km), que apresenta três colossos nos 80 km finais: Col d’Aubisque (16,4 km a 7,1%), o novo e muito duro Col de Spandelles (10,3 km a 8,3%) e a subida final a Hautacam (13,6 km a 7,8% de pendente média), com vários quilómetros acima dos 10%. 

etapa 18
 

 

Volta a França 2022: etapas, mapas e pontos quentes

Relacionado

Volta a França 2022: etapas, mapas e pontos quentes

Majka abandona o Tour com uma distensão muscular

Relacionado

Majka abandona o Tour com uma distensão muscular

Houle ganha no primeiro confronto nos Pireneus

Relacionado

Houle ganha no primeiro confronto nos Pireneus

Jasper Philipsen ganhou ao sprint a 15ª etapa do Tour

Relacionado

Jasper Philipsen ganhou ao sprint a 15ª etapa do Tour