TADEJ POGACAR
Foi claramente o ciclista mais forte e regular durante esta edição do Tour. Ao alcançar a quarta vitória, e tendo em conta a sua idade, pode igualar e superar o recorde das cinco vitórias que têm Anquetil, Merckx, Hinault e Induráin. Na parte final já estava adoentado e visivelmente fatigado, embora tenha conseguido assegurar uma vantagem de 4m24 sobre Jonas Vingegaard. Além de ganhar a classificação geral e a classificação da montanha, o esloveno da UAE Team Emirates-XRG venceu quatro etapas.
JONAS VINGEGAARD
O dinamarquês da Visma-Lease a Bike chegou ao Tour disposto a conquistar o seu terceiro título, mas encontrou um Tadej Pogacar focado e impiedoso que nunca baixou a guarda. Foi o segundo melhor ciclista do Tour, mas nos dias maus (no contrarrelógio de Caen e na subida de Hautacam) perdeu a possibilidade de lutar pela vitória. Acabou o Tour ao mesmo nível do esloveno e melhor do que no ano passado. Foi segundo em quatro etapas e terceiro em outras quatro, e a sua consistência é facilmente provada: subiu ao pódio de Paris pelo quinto ano consecutivo.
FLORIAN LIPOWITZ
O alemão da Red Bull-BORA-hansgrohe já tinha dado sinais do seu enorme potencial (na Paris-Nice foi segundo, no País Basco foi quarto e no Dauphiné foi terceiro), portanto ninguém pode dizer que ficou totalmente surpreendido com o resultado deste jovem de 24 anos. No Tour acabou em terceiro e foi o melhor jovem. É um ciclista completo, com grandes capacidades na alta montanha e um bom contrarrelogista. Na equipa alemã este ex-biatleta retirou a liderança que pertencia a Primoz Roglic e tem algo que o diferencia de outros: não tem medo de arriscar.
OSCAR ONLEY
Onley é mais uma das revelações neste Tour 2025. O britânico de 22 anos da equipa Picnic PostNL ficou bastante perto do pódio, fruto da sua regularidade e força mental. Este ano foi 5º no UAE Tour, 9º no País Basco e 3º na Volta à Suíça, mas este resultado no Tour confirmou que o seu estatuto está agora noutro patamar.
BEN HEALY
O irlandês da EF Education-EasyPost é um ciclista ofensivo e destemido, portanto não é por acaso que recebeu o galardão que o nomeia como o supercombativo desta edição, um prémio pelas inúmeras fugas e ataques, como por exemplo na Normandia, após uma ataque a 42 km da meta. Além disso, foi segundo no Mont Ventoux, vestiu a camisola amarela em duas etapas e terminou em 9º da geral.
THYMEN ARENSMAN
O gigante neerlandês da INEOS Grenadiers perdeu logo no início a hipótese de lutar por um dos lugares da geral, mas em compensação venceu duas etapas de forma gloriosa, ainda por cima duas jornadas de grau de dificuldade extremo: Superbagnéres e La Pagne. Como teria sido se não perdesse tempo nas etapas iniciais do Tour? Ninguém sabe, mas há quem diga que nos três primeiros.
JONATHAN MILAN
Graças a duas vitórias em etapas (Laval e Valence), dois segundos lugares e a camisola verde dos pontos, o italiano da Lidl-Trek foi consagrado o melhor sprinter da prova no seu ano de estreia no Tour. Devido às vicissitudes da prova e ao andamento diabólico na maioria das etapas, o ciclista de 24 anos teve de lutar também pelos pontos nos sprints intermédios. Feitas as contas, soma seis vitórias em grandes voltas (quatro no Giro e duas no Tour).
MATHIEU VAN DER POEL
Embora tenha abandonado na 15ª etapa devido a pneumonia, o neerlandês foi brilhante enquanto esteve em competição. Na segunda etapa, bateu Pogacar e Vingegaard ao sprint e vestiu a camisola amarela, envergando-a durante três etapas. Depois, na Normandia, recuperou a camisola mais desejada do Tour. Foi segundo em Rouen, protagonizou uma fuga na nona jornada com o seu companheiro de equipa Jonas Rickaert, até ser apanhado a 700 metros da meta e foi terceiro em Toulouse (11ª etapa), após entrar na fuga do dia. Até ter abandonado entrou na luta pela camisola verde.
Outros destaques:
- Tim Wellens e Jhonatan Narváez. O trabalho que ambos fizeram, como gregários de luxo de Tadej Pogacar, foi impagável. Aliás, o lançamento que o equatoriano fez ao seu líder no Hautacam foi uma das imagens deste Tour. Por seu lado, o belga além do trabalho de gregário ainda conseguiu ganhar em Carcassonne após uma fuga que durou mais de 40 km.
- Tim Merlier. O belga da Soudal-Quick Step ganhou duas etapas, batendo ao sprint Jonathan Milan em Dunquerquer e Châteauroux. Feitas as contas, soma sete etapas em grandes voltas (quatro no Giro e três no Tour).
- Victor Campenaerts. Numa Visma que fraquejou nos momentos decisivos, o belga foi um dos que se "salvou", fazendo um espetacular trabalho para o seu líder Jonas Vingegaard.
- Kevin Vauquelin. Embora tenha perdido gás à medida que as etapas se foram sucedendo, o francês da Arkéa, de 24 anos, esteve sempre nos lugares cimeiros do Tour, acabando no 7º posto da geral. Foi uma das revelações da prova.
- Quinn Simmons. O ciclista conhecido como "A locomotiva" foi protagonista em várias fugas e trabalhou sem descanso no apoio ao seu colega de equipa Jonathan Milan.
- Ben O´Connor. O australiano da Jayco AlUla esteve em evidência no Col de la Loze, a etapa rainha, vencendo uma das jornadas mais duras deste Tour.
- Tobias Johannessen. O norueguês da Uno-X, vencedor da Volta a França do Futuro, confirmou com o sexto lugar final neste Tour que tem todas as condições para ser um dos melhores voltistas.