O "Inferno do Norte" foi conquistado por um destemido, um ciclista que nunca vira a cara à luta e que trata o sofrimento e a dor por tu. Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) venceu pela terceira vez consecutiva esta prova após um "mano a mano" com Tadej Pogacar - que se estreou nesta prova. O esloveno da UAE Team Emirates-XRG prometeu dar espetáculo e cumpriu o prometido, apesar de a 38 km da meta ter saído de estrada, o que o fez perder tempo irrecuperável. Quanto ao terceiro, foi Mads Pedersen da Lidl Trek, após um sprint apertado com Wout van Aert (Visma-Lease a Bike).
Esta prova tem mais de 100 anos de história e destaca-se devido aos seus 30 setores de empedrado e mais de 250 km que ligam Paris ao Velódromo de Roubaix. É um dos cinco monumentos do ciclismo e atrai todos os anos milhares de espectadores.
A prova teve inúmeros ataques, furos, quedas e imprevistos. A 100 km da meta, o cenário de corrida ficou mais definido. Os principais candidatos colocaram-se estrategicamente na frente, neutralizando as fugas. Depois, foram eles próprios que começaram a atacar. Pogacar foi o primeiro, sendo seguido por Van der Poel, junto com o seu colega de equipa Jasper Philipsen.
Rodeado por rivais, Pogacar sabia que tinha de atacar de longe novamente, caso contrário corria o risco de ser atacado. Mas mais cedo do que se esperava, Philipsen claudicou, ficando Van der Poel e Pogacar isolados na dianteira.
Mas tudo mudou quando numa curva Pogacar perdeu o controlo da bicicleta e saiu de estrada. O neerlandês seguiu isolado e aumentou o ritmo, enquanto o esloveno tentava recuperar o tempo perdido. Pouco depois, Pogacar teve de trocar de bicicleta, tal como Van der Poel. A diferença temporal favorecia o ciclista da Alpecin, que seguiu até à meta sozinho, somando a terceira vitória nesta prova.
Destaque ainda para o português António Morgado, que terminou em 24º.
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