Como vem sendo hábito a fuga formou-se quase após ser dado o tiro de partida, desta feita ao quilómetro três. Juntou na frente Afonso Silva (Kelly-Simoldes-UDO), Alvaro Trueba (Atum General/Tavira/AP Maria Nova Hotel), Bruno Silva (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados), Joseba López (Caja Rural-Seguros RGA), Óscar Pelegrí (Burgos-BH), Joaquim Silva (Efapel Cycling), Peio Goikoetxea (Euskaltel-Euskadi), Robin Carpenter (Human Powered Health), Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor). A estes unir-se-ia, mais adiante, José Mendes (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho).
A diferença trepou para perto dos seis minutos, mas a Wildlife Generation Pro Cycling tomou o comando do pelotão, a cerca de 65 quilómetros da meta, fazendo cair a distância para a frente de corrida. A 40 quilómetros da chegada os fugitivos apenas dispunham de 2m30s, deixando em aberto todas as possibilidades de desfecho da etapa. A possibilidade real de anular a escapada motivou a LA Alumínios-Credibom-MarcosCar e a Electro Hiper Europa-Caldas a colaborarem na perseguição.
Enquanto se assistia à união de esforços no pelotão, o grupo dianteiro desunia-se, com vários ataques entre os seus membros. Sinal evidente de aproximação do fim da fuga, o que aconteceria apenas a pouco mais de dois quilómetros da meta. A partir daí foi a organização de uma disputa ao sprint.
A Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados teve uma aproximação perfeita, lançando João Matias para um sprint pleno de poder. O minhoto foi o primeiro a arrancar a aguentou a aproximação de todos os adversários para cruzar a meta ao fim de 3h55m11s, diante de Scott McGill (Wildlife Generation Pro Cycling) e Andoni López de Abetxuko (Caja Rural-Seguros RGA).
O sprint de hoje deu a camisola verde, dos pontos, a João Matias, embora em igualdade pontual com Scott McGill. Mauricio Moreira continua a ser o melhor na geral da montanha, o mesmo sucedendo com Jokin Muguialday (Caja Rural-Seguros RGA) relativamente à juventude. Por equipas manda a Glassdrive-Q8-Anicolor desde o prólogo.
Os principais homens da geral chegaram integrados no pelotão. Mauricio Moreira conservou a camisola amarela e a diferença para os perseguidores mais próximos, 30 segundos sobre o colega de equipa Frederico Figueiredo e 31 segundos à melhor sobre Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista).
Segue-se uma jornada de descanso. O regresso à estrada acontece na quarta-feira, dia da quinta etapa, 165,7 quilómetros entre a Mealhada e o Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo. É um dos momentos mais aguardados da Volta, porque a chegada será inédita. O pelotão voltista chega pela primeira vez ao Observatório de Vila Nova, com a meta a coincidir com um prémio de montanha de primeira categoria. É uma subida de 9,9 quilómetros, com uma inclinação média de 8,3 por cento, com vários troços acima dos 10 e até dos 15 por cento.