Hugo Houle cortou a meta muito emocionado, culminando com chave de ouro o seu melhor resultado de sempre. Aos 31 anos, o ciclista da Israel-Premier Tech só contabilizava duas vitórias na sua carreira profissional, ambos nos campeonatos nacionais de contrarrelógio do Canadá. Após esta grande vitória, ainda por cima nos Pirenéus, deixando para trás os 29 companheiros de fuga, Houle ganha outro estatuto.
Houle atacou no exigente Mur de Péguére (9.3 km a 7.9%), ganhando logo aí uma vantagem de 25 segundos sobre Michael Woods e Matteo Jorgenson, depois na descida beneficiou da queda no norteamericano da Movistar.
Ao cortar a linha de meta, apontou o dedo para o céu e dedicou a vitória ao seu irmão mais novo, que faleceu há alguns anos após ter sido atropelado. Valentin Madouas, Woods e Jorgenson cortaram a meta após 1m10.
Jonas Vingegaard, o líder da prova, mantem a solidez e resistiu aos tímidos ataques de Tadej Pogacar. Veremos se nos próximos dias Pogacar vai atacar. Hoje sofreu um novo revés, dado que o seu colega de equipa Marc Soler sofreu de problemas estomacais, portanto teve de abandonar. Só lhe restam quatro gregários: Majka, McNulty, Hirschi e Bjerg.
Geraint Thomas descolou em algumas partes da subida e Nairo Quintana parece estar a atravessar um bom momento de forma. Por sua vez, Romain Bardet cedeu 3m36 e tanto Adam Yates, como Louis Meintjes e Tom Pidcock perderam tempo.
Amanhã teremos mais uma jornada nos Pirenéus. A 17ª etapa será curta (apenas 130 km), mas muito dura, com quatro subidas sufocantes: Col d’Aspin (12 km a 6,5%), Hourquette d’Ancizan (8,2 a 5,1%), Col de Val Louron-Azet (10,7 a 6,8%) e a subida final a Peyragudes, de 8 quilómetros a 7,8% de pendente media.