O italiano Filippo Ganna (INEOS Grenadiers) foi o mais rápido no contrarrelógio de 25,8 km nas ruas de Valladolid, pedalando a uma média de quase 56 km/h! Neste crono, tanto Remco Evenepoel como Primoz Roglic saem reforçados.
O belga da Soudal-Quick Step foi o melhor dos favoritos e ganhou tempo aos seus rivais: 20s a Primoz Roglic, 34s a João Almeida, 36s a Aleksandr Vlasov, 55s a Juan Ayuso, 1m02 a Jonas Vingegaard, 1m30 a Enric Mas...
Por seu lado, Roglic não perdeu muito tempo para o belga e ficou com a liderança dentro da equipa, dado que o co-líder Jonas Vingegaard perdeu tempo. Hoje ficou bem percetível que o dinamarquês não é o mesmo ciclista que dinamitou o contrarrelógio da Volta a França. O vencedor do Tour terá a partir de agora de trabalhar para Roglic, dado que foi 10º neste crono em Valladolid, a 1m28 de Ganna.
João Almeida (UAE Emirates) também fez um bom tempo, resguardando-se um pouco na fase inicial e dando o máximo no fim, acabando em quarto. Alekandr Vlasov (BORA hansgrohe) foi quinto, consolidando a sua posição no pódio.
O norte-americano Sepp Kuss continua a liderar a prova, tendo cedido 1m29. Marc Soler foi 8º e está cada vez mais perto do americano da Jumbo. O terceiro e quarto da geral são Evenepoel (a 1m09) e Roglic (a 1m36).
Como já se antecipava, trepadores puros como Mikel Landa e Lenny Martínez perderam muito tempo (2m21 e 2m29, respetivamente) e desceram na classificação geral, tal como Enric Mas, que embora estivesse otimista ontem, acabou por ser 17º, a 1m46 de Ganna, estando agora em 9º da classificação geral.
Mesmo atrás de Juan Ayuso que, apesar de não ter feito um mau tempo (foi 7º, a 1m11) reconheceu que esperava perder menos tempo. Se analisarmos as coisas como elas são, o teórico líder da UAE Emirates (Ayuso) sai deste crono como o terceiro melhor ciclista da sua equipa na geral, atrás de Marc Soler e João Almeida (na geral, o luso é 6º, a 2m16 de Sepp Kuss).
Amanhã os ciclistas terão novamente uma chegada em alto. A 11ª etapa terá 163,2 km com partida em Lerma (Burgos) e chegada em Laguna Negra de Vinuesa (Soria), com uma subida final de 6,5 km a 6,8%, com a parte mais dura, os últimos 500 metros, a 11,2%. Será uma etapa propícia a uma fuga de elevado nível.