Há poucos dias, Mads Pedersen entrou no restrito lote de vencedores nas três grandes voltas e hoje Magnus Cort (EF Education-EasyPost) fez o mesmo. O carismático ciclista ganhou após uma fuga decidida ao sprint, batendo Derek Gee (Israel-Premier Tech) e Alessandro De Marchi (Jayco AIUIa).
Depois de ganhar seis etapas na Volta a Espanha e duas na Volta a França, Magnus Cort já sabe o que é levantar os braços no Giro. Já se sabia que era o mais rápido dos fugitivos e acabou por executar o seu plano com mestria. Pacientemente, esperou pelo momento certo e lançou o seu demolidor ataque, não tendo oposição nem de Gee nem de De Marchi. Tudo isto numa etapa fria, feia e muito acidentada. Simplesmente um autêntico inferno para os ciclistas e para a própria organização.
Foi a terceira vitória da temporada para Magnus Cort e a segunda da EF Education nesta Volta a Itália. A 51 minutos do dinamarquês chegou um grupo composto por 43 ciclistas, com quase todos os favoritos. As principais ausências foram do trepador australiano Jay Vine (UAE) - que sofreu uma violenta queda e ficou para trás, chegando à meta com onze minutos de atraso - e de Aleksandr Vlasov (BORA hansgrohe), que abandonou durante a etapa, aparentemente doente. A prova perdeu assim mais um dos favoritos.
As quedas foram inúmeras ao longo da etapa, aumentando o dramatismo de uma prova que está a colocar todos os ciclistas em modo de sobrevivência. Geraint Thomas (INEOS) continua a liderar a classificação geral, com Primoz Roglic (Jumbo-Visma) a 2 segundos, seguido de Tao Geoghegan Hart (INEOS) a 5 segundos e João Almeida (UAE Emirates) a 22. Jay Vine caiu para a 20ª posição, a 12m52 e perde todas as hipóteses de lutar pelo pódio.
Amanhã a 11ª etapa vai ligar Camaiore a Tortona (219 km) e terá uma subida de 4ª categoria e duas de 3ª. Poderá ser um dia para os sprinters ou para uma eventual fuga.