Arranca hoje na Maia a quarta edição de O Gran Camiño, uma prova de categoria UCI 2.1 que este ano tem mais dias de duração (cinco em vez dos quatro habituais) e que termina no domingo, após serem percorridas as quatro províncias galegas e o norte de Portugal. O diretor de prova, Ezequiel Mosquera (ex-ciclista), deixou claras as suas intenções: subir de categoria rapidamente, para atrair os melhores ciclistas do mundo.
Este ano uma das grandes novidades é a entrada em solo luso pela vertente portuguesa do Caminho de Santiago. Em 2022 o vencedor foi Alejandro Valverde e em 2023 e 2024 Jonas Vingegaard subiu ao lugar mais alto do pódio, mas este ano nenhum dos dois (por motivos diferentes) estará presente.
Quanto ao formato da prova, serão quatro etapas em linha - cada uma delas com mais de 2.000 metros de desnível - e um contrarrelógio individual de 15,5 km. Só a primeira jornada - precisamente em Portugal - terá uma chegada ao sprint, ou eventualmente poderá ser ideal para uma fuga. A etapa rainha será a quarta, na província de Lugo. No último dia, os ciclistas vão enfrentar um circuito com subida a Lampai e nas proximidades de Santiago haverá sterrato para apimentar a corrida. E como não há grandes favoritos, tudo está em aberto.
ESTAS SÃO AS 5 ETAPAS
1ª etapa. Quarta-feira, dia 26. Maia - Matosinhos. 189,7 km
A cidade da Maia recebe hoje a primeira etapa, numa homenagem aos estreitos laços que unem a Galiza ao norte de Portugal. A etapa tem 189,7 km e mais de 2.000 metros de desnível acumulado. A meta está situada em Matosinhos onde se espera uma chegada ao sprint, no entanto, até lá chegar, o pelotão terá de enfrentar as subidas ao alto de Feitos e ao monte de São Félix, ambas de terceira categoria.
2ª Etapa. Quinta feira, dia 27. Marín - A Estrada. 133.1 km
A prova vai entrar em solo galego na segunda etapa, percorrendo a província de Pontevedra. O tiro de partida será dado em Marín (que pertence a Rías Baixas), numa jornada de 133,1 km e mais de 2.600 metros de desnível acumulado. Os ciclistas vão enfrentar três subidas de terceira categoria e tudo indica que será neste dia que começa a luta pela classificação geral, principalmente devido à dupla passagem pelo alto de San Vincenzo.
3ª etapa. Sexta Feira, dia 28. Ourense - Pereiro de Aguiar. CRI 15,5 km
Este dia será decisivo. Trata-se de um contrarrelógio com partida na espetacular Ponte Romana de Ourense e meta no Pereiro de Aguiar. Esta luta contra o tempo de 15,5 km tem um ponto muito importante - alto de Sabadelle - sensivelmente a meio do trajeto, que será determinante no resultado final.
4ª etapa. Sábado, dia 1. A Pobra do Brollón - O Cebreiro. 136,4 km
A etapa rainha terá muita montanha. A partida será na localidade de A Pobra do Brollón e apesar de ser uma jornada curta (somente 136 km), tem um acumulado de subida considerável: 3.100 metros. A dureza estará concentrada no último terço do percurso, onde os altos de Campo do Arbre e Catro Ventos servirão de aperitivo para a subida a Pintinidoira, uma ascesão de primeira categoria. A meta estará situada na subida a O Cebreiro.
5ª etapa. Domingo, dia 2. Betanzos - Santiago de Compostela. 159,8 km
O último dia de prova vai levar o pelotão de Betanzos a Santiago de Compostela. O pelotão vai subir duas vezes o alto de Lampai, seguindo-se uma descida rápida que levará os ciclistas até uma subida de sterrato que estará repleta de espetadores.
PARTICIPANTES E FAVORITOS
A prova vai ter a presença de 18 equipas, três delas de categoria WorldTour: Movistar, Soudal-Quick Step e Groupama-FDJ. Também estarão oito ProTeams (Caja Rural-Seguros RGA, Burgos Burpellet BH, Kern Pharma, Euskaltel-Euskadi, Israel - Premier Tech, Uno-X Mobility, Team Polti VisitMalta e VF Group - Bardiani CSF - Faizanè), bem como sete formações Continentais: Illes Balears Arabay, Petrolike, Anicolor / Tien 21, Efapel Cycling, APHotels & Resorts / Tavira / SC Farense, Rádio Popular - Paredes - Boavista e Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua.
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Este ano o prognóstico é mais difícil de fazer. Como não está presente nenhum dos grandes favoritos, há vários nomes a ter em conta, sobretudo se olharmos para o perfil das etapas.
Por exemplo, Jefferson Cepeda - 4º o ano passado - e Carlos Canal (ambos da Movistar), Mauri Vansevenant (Soudal-Quick Step), Derek Gee (Israel-Premier Tech), Rémy Rochas (Groupama-FDJ), Urko Berrade (Kern Pharma), Magnus Cort (Uno-X) - vencedor em 2022 da primeira etapa -, Eric Fagúndez (Burgos Burpellet BH), Jonathan Caicedo (Petrolike) ou Davide Piganzolli (Team Polti VisitMalta) são nomes a ter em conta.
