"Tenho a certeza de que não sou o primeiro ciclista a dizer-te isto, mas é realmente estranho não estar a competir. A última vez que coloquei um dorsal foi na sétima etapa do París-Nice e parece que foi há uma eternidade. Ok, agora já temos um calendário, sabemos onde é que nos temos de focar, e isso é realmente animador, mas quando penso nisto, reparo que ainda falta muito até chegarmos a agosto, altura em que as provas começarão."
"Por outro lado, não me posso queixar pois estive sempre ocupado. Dois dias por semana trabalho com o trator na quinta dos meus pais. A terra tem de ser preparada para semear, pois cultivamos couve-flor, batatas, alho, abóbora... por isso há muito para fazer, como podes imaginar, mas gosto de fazer isto. É muito relaxante e revitalizante, ao mesmo tempo."
"Obviamente também tenho treinado, tenho percorrido muitos quilómetros. Por exemplo, há alguns dias percorri 200 km com o meu colega Bert Van Lerbeghe, e foi espectacular pedalar e ter essa sensação novamente. Tinha muitas saudades disto. Também treino com a minha namorada, a Astrid; recentemente comprei-lhe uma nova Specialized e gostamos de sair e dar um passeio pelo menos uma vez por semana."
"À noite ou acedo ao Netflix ou costumo jogar no computador portátil. Tenho estado a ver "The Last Dance" e é brutal. Gosto de ver documentários desportivos e este deve ser o melhor que já vi. É fascinante descobrir tantos detalhes desconhecidos sobre um dos melhores atletas de todos os tempos - Michael Jordan. Quanto aos jogos, continuo a melhorar no Age of Empires II. Até ao momento, tenho duas civilizações favoritas, a vietnamita e a espanhola, e são as que uso para desafiar o Tim Declercq."