Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) tem obtido excelentes resultados no Giro da Lombardia, o último dos "Monumentos". O esloveno ganhou esta prova em 2021, 2022 e este ano queria voltar a ganhar, com o objetivo de ficar na história desta clássica que é conhecida no meio como a "Clássica das folhas mortas".
O problema é que nas provas que antecederam esta, o esloveno não demonstrou a superioridade a que nos habituou na primeira metade da temporada. Antes da queda em Liége, ganhou o Tour de Flandres, a Amstel e a Fléche-Wallone.
Os meses que passaram sem ganhar - lembramos que desde as etapas em Julho que o esloveno não ganhava - acabaram e Pogacar demonstrou que só um ciclista desta craveira consegue fazer uma demonstração de superioridade deste nível. Em Bergamo, Pogacar bateu os seus rivais mais diretos e mesmo cheio de cãibras conseguiu vencer esta difícil prova.
"Entrei em pânico. Pensei que conseguiria descer sem problemas, mas subir com aquelas cãibras era impossível", explicou Pogacar numa entrevista recente com Matt Stephens, da Sigma Sports Cafe Ride.
Nessa altura usou a sua "poção secreta": sumo de pepino, sal e vinagre. "Ajuda-me bastante. Os eletrólitos e o sal funcionam, além disso estava um pouco doente. Tinha o nariz a pingar e perdi muitos líquidos. Obviamente tive cãibras devido à desidratação", confessou o esloveno que em 2024 vai fazer a dobradinha Giro-Tour e também marcará presença no Mundial e nos Jogos Olímpicos.