A tentação de, por exemplo, aumentar a velocidade máxima permitida na assistência à pedalada numa bicicleta supõe infringir deliberadamente a normativa que nos permite a todos utilizar as ebikes. A Shimano tem uma posição firme contra estas práticas. A circulação de e-bikes modificadas na via pública, não só pode provocar problemas técnicos, mas também graves consequências legais.
Além disso, os kits que alteram o limite de velocidade (entre outros sistemas) podem danificar o sistema de transmissão, bem como a própria bicicleta. Existe ainda outro risco acrescido: quem tiver este tipo de bicicletas adulteradas arrisca-se a perder a garantia e a perder todos os direitos a ela associada. Em caso de acidente com uma e-bike adulterada, para além de elevados custos de responsabilidade civil, pode incorrer em processos penais.
Por esse motivo, a Shimano solicita sempre aos fabricantes de bicicletas que incluem uma transmissão da marca, que cumpram as normativas nacionais e regionais e garantam um certo nível de qualidade.
A própria Shimano desenvolveu medidas para evitar a adulteração dos seus motores. A manipulação do sistema, pode gerar danos bastante caros de reparar, e obviamente terá de ser o utilizador a pagar esses custos. Segundo a marca japonesa, em alguns casos pode ser impossível reparar os danos causados por esse tipo de "tunning".
Os sistemas Shimano STEPS possuem um sensor que pode detetar a manipulação, mostrando um código de erro. O motor fica bloqueado e entra em modo segurança. A Shimano está constantemente a avaliar as normativas existentes, de modo a comprovar se continuam adequadas no que diz respeito às medidas anti-fraude (manipulação de motores), e trabalha continuamente no desenvolvimento de sistemas de transmissão para e-bikes de modo a dificultar a sua modificação.