O esloveno Primoz Roglic teve uma temporada de estreia brilhante ao serviço da Red Bull - BORA, ganhando pela quarta vez a Volta a Espanha, incluindo três etapas. Também venceu o Criterium du Dauphiné (mais duas etapas) e o contrarrelógio inaugural da Itzulia, que infelizmente teve de abandonar após uma queda.
O balanço foi positivo, mas se compararmos com o do seu compatriota Tadej Pogacar, o grande dominador esta temporada, as coisas mudam de figura. Numa entrevista ao órgão de comunicação social Flobikes, Roglic rendeu-se perante a supremacia de Pogacar.
"Estou tão impressionado como todos. Tiro o chapéu - disse Primoz Roglic -. É impressionnate e todos sabemos o que custa ganhar uma corrida. Mas a forma como o faz agora, faz-me sentir que estou a fazer algo errado. Ou que todos estamos a fazer mal as coisas. Mas sim, tiro-lhe o chapéu, não há muito mais a dizer".
Durante a entrevista, o líder da Red Bull - BORA falou da sua relação pessoal com o seu compatriota e vizinho, já que ambos residem no Mónaco. "Sim, vemo-nos. Não costumamos estar juntos nem vamos beber uma cerveja todos os fins de semana, mas somos quase vizinhos, por isso vemo-nos várias vezes. Também sabe bem falar um pouco no nosso idioma".
Roglic também falou sobre esta temporada que terminou, a primeira ao serviço da equipa alemã, que ficou marcada, até à Volta a França, por vários contratempos. "Foi um ano difícil, uma verdadeira luta desde o início, lutando para sobreviver na Paris-Nice, depois na Itzulia, onde caí e tive de voltar a fazer o processo de reabilitação... Ganhei o Dauphiné, mas também caí e não foi a melhor preparação para o Tour", comentou o esloveno, que ainda não revelou qual vai ser o seu calendário em 2025.