O mundo do ciclismo está de luto após a notícia do falecimento do italiano Gianni Savio, aos 76 anos. Savio foi diretor desportivo e manager durante quatro décadas, tendo sido um verdadeiro visionário, recrutando algumas das maiores pérolas da América Latina, como o colombiano Egan Bernal, vencedor da Volta a França em 2019 e da Volta a Itália em 2021.
Durante 30 anos foi o manager da equipa Selle Italia-Androni Giocattoli, estrutura que foi adquirindo diferentes designações ao longo dos anos (Selle Italia, Colombia-Selle Italia, Serramenti PVC Diquigiovanni, Androni Giocattoli, Drone Hopper… até chegar à atual GW Erco Shimano).
Descobriu vários talentos, como Egan Bernal (o qual deu nas vistas sobretudo em 2016 e 2017, antes de dar o salto para o WorldTour com a Sky), mas também Iván Sosa, Leonardo Sierra, José Rujano, Freddy González, Ivan Parra ou Alessandro de Marchi. A sua equipa foi vital na formação de ciclistas como Michele Scarponi, Gilberto Simoni, Franco Pellizotti, Mattia Cattaneo, Davide Rebellin, Fausto Masnada, Ángel Vicioso ou Luis Ángel Maté.
Savio estava doente há algum tempo e a notícia da sua morte deixou um sentimento de grande tristeza em toda a comunidade que acompanha o ciclismo profissional. Lembramos que também foi diretor das seleções de ciclismo da Colômbia e da Venezuela.
Apelidado de "o Príncipe" devido à sua elegância e amabilidade, Savio era respeitado por todos no mundo do ciclismo. Nasceu em Turim em 1948 e desempenhou várias tarefas ao longo da sua carreira, no entanto. foi como "caça talentos" que mais se destacou.
A sua paixão pelo ciclismo foi herdada do seu avô materno Giovanni Galli, campeão italiano no início do século XX, e em 1985 estreou-se como diretor desportivo na Santini (atual VF Group-Bardiani CSF).