Às 10h, estavam todos na linha de partida com grande expectativa para desfrutar de uma boa jornada de ciclismo, aproveitando as belíssimas paisagens viseenses. À chegada, todos tiveram direito a medalha e a boa disposição era geral, apesar do cansaço visivel em muitos rostos.
A jornada prosseguiu à mesa onde as conversas foram dominadas pelas peripécias e dificuldades do percurso e pelo calor que semore os acompanhou. Nuno Torres foi o primeiro corredor a passar na meta com o registo de 2h50m44s. “Foi um percurso bonito, havia pouco terreno para rolar e era sempre a subir ou a descer. Este evento é muito bom para a modalidade, promove muito o nosso desporto favorito e sempre que posso envolvo-me em tudo o que tenha a ver com ciclismo. No próximo ano quero repetir com toda a certeza".
Na categoria feminina, Beatriz Roxo - atleta que já representou a seleção nacional -, não quis deixar de comparecer à 15ª Etapa da Volta Brisa RTP. A mediatização do evento chamou mais alto e foi com facilidade que se exibiu na meta como vencedora. Roxo ficou surpreendida com o número de inscritos. “Nunca tinha estado numa corrida com tantos participantes! Foi muito bom, um tempo bem passado com tanta gente!” Sobre as dificuldades do percurso disse a sorrir que foi um “rompe-pernas total, com muito sobe e desce, mas típico nesta região. Sabia que a última subida era bastante dura, pela sua inclinação e distância. A segunda classificada estava à minha frente na parte da subida, mas mantive a situação controlada, porque sabia que teria uma parte que se adequava mais a mim”.
Com o adeus a Viseu e a certeza de voltar nos próximos anos (início de Volta em 2023 e final em 2024), atendendo ao acordo anunciado ontem entre a autarquia e a organização do evento, a Volta a Portugal regressa esta quarta-feira à estrada com a quinta etapa que vai começar na Mealhada às 12h45. É um regresso há muito esperado porque há 44 anos que a cidade não vê começar uma tirada da Volta.
A última vez foi em 1978 na 40ª edição quando liderava Alexandre Ruas (Águias de Alpiarça), hoje um dos ilustres motoristas desta Volta, responsável por conduzir um dos carros de convidados. A chegada a Miranda do Corvo será um inédito final de etapa. Todos os anos a organização da Volta revela alguma surpresa e desta vez está reservada para a parte final do dia com a chegada ao Observatório do Parque Eólico de Vila Nova. Será um final exigente que vai proporcionar uma subida na Serra da Lousã com cerca de dez quilómetros e uma pendente média de 9% que culminará, cerca das 17h30, com contagem de montanha de 1ª categoria.
O uruguaio Maurício Moreira parte para a segunda fase da prova de Amarelo com 30 segundos de vantagem sobre o companheiro Frederico Figueiredo, ambos da Glassdrive-Q8-Anicolor. Luís Fernandes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), a 31 segundos, é o terceiro classificado. Moreira continua também a liderar na montanha, tendo a Camisola das Bolinhas Europcar. O único bi-vencedor desta edição da Volta até ao momento, João Matias (Tavfer – Mortágua - Ovos Matinados), é o detentor da Camisola Verde Rubis Gás por liderar a classificação dos pontos enquanto o espanhol Jokin Murguialday (Caja Rural - Seguros RGA) mantém a Camisola Branca da Juventude Jogos Santa Casa.