O modelo Magma foi apresentado há cinco anos e se és seguidor do nosso site ou da revista Ciclismo a fundo, já deves ter lido o teste exclusivo a esta bicicleta. Trata-se da bicicleta topo de gama para ciclismo da marca sedeada em Pinto (Madrid), terra de Alberto Contador.
A nova versão Magma V2 nasceu da experiência acumulada por Ivan Basso e Alberto Contador, dois ex-ciclistas de altíssimo nível, e neste modelo é usado o carbono mais elitista.
MAIS AERODINÂMICA
Um dos principais pontos nesta nova geração é a redução da resistência ao vento, mas sem aumentar o peso, reduzir a rigidez ou prejudicar a absorção. O quadro adota um perfil aeronáutico NACA e foi usado um software de simulação de fluidos CFD, bem como testes em túnel de vento para reduzir notavelmente o coeficiente aerodinâmico (7 watts face à versão anterior). E durante os testes foram usados os mesmos componentes para não adulterar o resultado final.
As principais alterações residem no tubo de direção, que agora tem um perfil aerodinâmico NACA, com uma cauda mais profunda e estreita na zona central. O tubo de selim, o espigão e as escoras também adotam o perfil NACA, enquanto a forqueta é mais larga na parte superior, para permitir um maior fluxo do ar com a roda. O tubo diagonal tem um design mais profundo, otimizado para rodas mais largas e tem em conta o volume dos bidons.
INTEGRAÇÃO TOTAL
O guiador fabricado numa só peça da Aurum foi desenhado ao mesmo tempo do novo quadro para uma integração total e permite guiar internamente os cabos, aumentando a aerodinâmica. É fabricado em carbono ECT, para uma rigidez elevada e peso baixo. A tampa da direção - também em carbono - e os espaçadores (de 5 ou 10 mm de altura) ajudam a criar uma transição muito fluida entre o quadro e o guiador.
Está disponível em 15 tamanhos diferentes com as seguintes opções: largura de 38, 40 e 42 cm, e comprimento de 90 a 130 mm. O suporte para o ciclocomputador é de alumínio mecanizado CNC e é oferecido na compra da bicicleta.
O novo espigão de selim já não tem um formato cilíndrico e na nova versão passa a ter um perfil aerodinâmico. Para ajustar a altura do espigão, a marca optou por uma cunha oculta e este espigão está disponível em duas versões (com ou sem recuo). Esteticamente fica muito bem integrado na bicicleta, entre o tubo horizontal, escoras superiores e tubo vertical.
O quadro da Aurum é fabricado à mão e segue protocolos muito específicos, com controlo de qualidade. Para obter este nível de leveza, rigidez lateral e conforto vertical, os engenheiros recorreram a programas de análise de elementos finitos (FEA). Deste modo, é usado o tipo de carbono mais adequado em cada área (neste quadro são usados seis tipos de carbono distintos), cada um deles com múltiplos ângulos e quantidades distintas. Além disso, cada tamanho de quadro têm a sua própria disposição do laminado, dado que diferentes comprimentos e tamanhos de tubos requerem tipos de carbono específicos e camadas variáveis.
Segundo a Aurum, a fibra de carbono usada é laminada na própria fábrica e em exclusivo para a Aurum, usando bobinas de fibra de carbono Toray. Depois, os filamentos são entrelaçados com diferentes tipos de resina, dependendo da aplicação em diferentes ângulos, direções e densidades.
O processo de construção do quadro e da forqueta - denominado ECT (Experience Carbon Technology) - é o mais rigoroso que existe (nível 10) e destina-se exclusivamente a produtos de alta competição. São usados moldes internos de EPS cobertos com latex para uma maior compactação e suavidade da superfície interna dos tubos, e os modelos de aço P20 de alta precisão permitem uma maior pressão para criar uma estrutura mais forte e leve, compactando a fibra com maior precisão e alcançando uma superfície mais uniforme.
ALTA RIGIDEZ
O quadro da primeira versão da Magma já era muito rígido, mas esta nova versão tem uma rigidez torsional mais elevada, para aproveitar a energia de cada pedalada, sem comprometer o conforto.
O tubo diagonal tem uma secção vairável desde a zona do pedaleiro até ao tubo de direção para aumentar a rigidez. Por falar em pedaleiro, a marca otpou pelo standard T47 de rosca, para uma elevada fiabilidade, baixa manutenção e elevada resistência estrutural.
As escoras são fabricadas numa só peça e proporcionam uma solidez elevada, permitindo montar pneus até 35 mm de largura. Ao mesmo tempo, são flexíveis para conforto em voltas prolongadas. A Magma V2 continua a adotar escoras compridas e muito finas para suavizar as imperfeições da estrada. O amortecimento das vibrações no triângulo traseiro ajuda a manter os pneus no solo para maior aderência e controlo, evitando também um maior desgaste do ciclista.
MAIS LEVE
Obviamente numa bicicleta deste tipo, o peso é importante, mas não é o objetivo principal. Embora seja mais leve do que a versão anterior, é mais aerodinâmica e mantém a robustez e a durabilidade da versão anterior, conservando a garantia vitalícia.
O quadro pesa 780g (sem pintar, no tamanho 54) e a forqueta 375g. Por sua vez, o espigão pesa 170g e o cockpit 320g. Está disponível em duas cores: preto com logotipos dourados e branco pérola.
A geometria é a mesma da geração anterior, embora tenha sofrido pequenas alterações. Está disponível em cinco tamanhos e os dois mais pequenos têm um tubo de selim mais curto para permitir posições mais baixas. O Reach cresceu em todos os tamanhos, tam como o ângulo do tubo de selim (para compensar a posição).
Esta bicicleta foi testada durante meses nas mais duras provas, para certificar a segurança, o desempenho e a durabilidade.
Mas o teste mais importante decorreu nas provas onde a equipa UCI Polti Kometa esteve presente, incluindo a Volta a Itália.
JÁ A TESTÁMOS!
Alberto Contador e Iñigo Gibert (diretor de design da Aurum) apresentaram a nova bicicleta em Madrid e estivemos presentes. Ivan Basso não teve a possibilidade de marcar presença dado que estava na Volta a Itália a acompanhar a equipa Polti Kometa, mas assistimos a uma videoconferência com ele em direto.
Também foi possível ver e testar a nova Magma, bem como comprovar as diferenças face à geração anterior.
Testámos esta bicicleta em Los Rancajales, uma zona que conhecemos bem. Foi uma volta curta, mas intensa, que incluiu a subida a Cerro de San Pedro, pela vertente sul. A nossa Magma V2 estava equipada com um grupo Shimano Dura Ace Di2 e rodas Lightweight Obermayer, ou seja, uma montagem topo de gama.
Trata-se de uma bicicleta bastante rígida - tal como a primeira versão - e com uma direção muito precisa, tudo aquilo que uma bicicleta de competição tem de ter. É fíável nas mudanças de direção e sentimos que a nossa energia é transmitida em cada aceleração ou sprint.
MONTAGENS E PREÇOS:
Grupo Shimano Dura-Ace/SRAM Red, rodas Lightweight Obermayer: 14.999 €
Grupo Shimano Dura-Ace/SRAM Red, rodas Princeton Peak 4550: 10.499 €
Grupo Shimano Dura-Ace/SRAM Red, rodas Enve SES 3.4: 11.499 €
Grupo Shimano Ultegra, rodas Enve SES 3.4: 9.599 €
Grupo SRAM Force, rodas Enve SES 3.4: 9.199 €
Grupo Shimano Ultegra, rodas Enve Foundation 45: 8.499 €
Grupo SRAM Force, rodas Enve Foundation 45: 8.099 €
Quadro, forqueta, espigão e cockpit integrado: 4.999 €
Quadro, forqueta e espigão: 4.499 €
Poderás encontrar mais detalhes em www.aurumbikes.com.