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Espetadora que provocou uma monumental queda no Tour, condenada a pagar 1.200 euros

Além disso, terá de pagar, de forma simbólica, um euro à Associação de Ciclistas Profissionais (CPA).

Carlos Pinto

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Espetadora que provocou uma monumental queda no Tour, condenada a pagar 1.200 euros

A espetadora que provocou uma queda monumental na etapa inaugural da Volta a França, no passado dia 26 de Junho, foi condenada por um Tribunal de Brest (França) a pagar uma multa de 1.200 euros. Além disso, terá de pagar, de forma simbólica, um euro à Associação de Ciclistas Profissionais (CPA). 

O Ministério Público solicitou uma pena de quatro meses de prisão por "colocar em perigo a segurança de outros" e também por provocar "lesões involuntárias", mas o tribunal optou por aplicar uma pena mais leve. 

A espetadora estava em posse de um placard com o texto "Allez opi-omi", dirigido aos seus avós - um deles de origem alemã - e colocou o cartaz na zona de passagem dos ciclistas precisamente quando o pelotão ia a passar, provocando a queda de inúmeros ciclistas. Quatro deles tiveram de abandonar o Tour: Cyril Lemoine, Jasha Sütterlin, Ignatas Konovalovas e Marc Soler (que fraturou os dois braços). 

Os organizadores da Volta a França manifestaram de imediato a sua intenção de avançar com um processo judicial contra a espetadora, mas alguns dias depois decidiram retirar a denúncia, de modo a acalmar a situação, evitando desviar as atenções da prova. "O que ela fez foi uma estupidez, mas não é uma terrorista", disse na altura o diretor do Tour, Christian Prudhomme. 

As autoridades francesas andaram vários dias à procura desta mulher, tendo sido detida no dia 30 de Junho. Depois, assustada pela repercussão dos seus atos, reconheceu a perigosidade e pediu desculpa

Os advogados da Associação de Ciclistas Profissionais só exigiram o pagamento de uma multa simbólica de um euro para consciencializar sobre a necessidade de os espetadores respeitarem os ciclistas em prova. "Temos a certeza de que a espetadora não quis prejudicar intencionalmente ninguém, mas o seu ato comprometeu a saúde e a temporada de vários ciclistas. A compensação de um euro que foi pedida não paga a fratura dos dois braços do Marc Soler nem as feridas profundas sofridas pelo Tony Martin e pelos restantes ciclistas que acabaram por cair, mas tem um valor simbólico", disse Gianni Bugno, presidente da CPA. 

Com esta sentença e a multa de 1.200 euros, finalmente acaba um capítulo desagradável que teve origem numa imprudência que nunca mais devería repetir-se numa prova de ciclismo. 

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