Recentemente, Chris Froome, teceu alguns comentários acerca do brutal acidente de Egan Bernal.
Num vídeo publicado no seu canal de Toutube, o ciclista britânico questionou a segurança das bicicletas de contrarelógio: "Depois de treinar esta manhã na bicicleta de contrarrelógio e tendo em conta o que aconteceu recentemente, cheguei à conclusão que as "cabras" não são realmente pensadas para treinar nas estradas da forma que precisamos.
Se na Volta a França tivermos de fazer um contrarrelógio de uma hora, temos de treinar com a "cabra" e simular esta prova. No entanto, quantas estradas conhecemos onde é possível literalmente treinar durante uma hora sem trânsito, sem sinais de trânsito e sem pessoas? Este tipo de condições simplesmente não existem no mundo real...
Não seria mais justo fazer as etapas de contrarrelógio com bicicletas de estrada? Acho, sem dúvida alguma, que a competição seria mais imparcial", comentou o ciclista de 36 anos, vencedor de quatro edições da Volta a França.
"É uma loucura, pois é o único desporto no mundo em que alguém te diz: "Bem, rapazes, estão a atravessar esta pequena e perigosa povoação, a estrada é muito estreita e há uma pequena ponte com uma curva apertada logo a seguir". E é o único desporto onde se vai mais rápido quando te dizem que há perigo, porque queres ser o primeiro a chegar lá", assegura o ciclista da Israel-Premier Tech.
Acho que as estradas, devido a esta pressão, estão mais perigosas. Ter acesso a mais dados basicamente fez com que a competição seja mais perigosa. Até há pouco tempo, não sabíamos exatamente onde ficavam os pontos mais perigosos e não havia esta luta massiva pela posição. Chegávamos lá mais relaxados e passávamos esses pontos sem problemas. Mas isso mudou muito", afirmou Froome.
"Em geral, o ciclismo profissional evoluiu muito. A quantidade de dados disponíveis através dos medidores de potência e da compilação e tratamento de todos esses dados significa que tudo o que tem a ver com rendimento agora está muito mais controlado", conclui o britânico.