O ciclismo português voltou a ficar ensombrado por mais uma notícia relacionada com dopagem. Segundo a Agência Lusa, Frederico Figueiredo (Sabgal-Anicolor) e Luís Gomes (Gi Group Holding-Simoldes-UDO) foram suspensos pela Autoridade Antidopagem de Portugal devido a anomalias no passaporte biológico em colheitas colhidas antes de 2023.
Lembramos que quando existem colheitas suspeitas, mas não positivas, são guardadas (congeladas) durante anos e caso surjam novos métodos de deteção, é possível voltar a analisar essas amostras.
Os ciclistas em questão já foram notificados e podem defender-se, segundo a legislação em vigor.
Frederico Figueiredo tem sido uma peça fundamental na equipa de Ruben Pereira, sendo considerado o melhor trepador luso na atualidade. Aliás, foi extremamente importante na vitória do seu colega Artem Nych na Volta a Portugal.
O ciclista escreveu nas redes sociais um breve comunicado: "Confirmo que é verdade estar a decorrer um processo relativamente ao meu passaporte biológico, referente aos anos de 2018, 2019 e possivelmente 2020, conforme fui notificado. Nestes anos não fazia parte da estrutura do Clube Desportivo Fullracing, sendo a minha atual Equipa alheia a estes factos, mas à qual não posso deixar de agradecer o total apoio. No entanto, quero realçar que estou tranquilo em relação a todo este processo e acredito na minha integridade e em tudo o que fiz no ciclismo nacional, bem como na minha defesa em relação ao processo que sobre mim incorre. Assim, vamos aguardar o desfecho do mesmo, sobre o qual tenho total confiança em tudo o que fiz e na minha inocência."
Quanto a Luís Gomes, tem no currículo três vitórias em etapas da Volta a Portugal.
Segundo o site da ADOP, também Nuno Meireles (ex-ciclista da Aviludo-Louletano-Loulé Concelho) está suspenso até 19/11/2029, tendo a sanção iniciado em 2023 devido ao Passaporte Biológico.
Também decorrem investigações sobre a suposta ligação do médico Marcos Maynar - conhecido por inúmeros processos de dopagem - ao ciclismo português. A confirmar-se, pode ser mais um escândalo semelhante ao processo da equipa Maia/MSS, Liberty Seguros ou W52-FC Porto.