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Doping: dois controlos positivos no GFNY de Nova Iorque

Felipe Mendez (da Colômbia) e Gabriel Raff (Argentina) acusaram EPO no Campagnolo GFNY World Championship, em Nova Iorque.

Gabinete de Imprensa GFNY

Doping: dois controlos positivos no GFNY de Nova Iorque
Doping: dois controlos positivos no GFNY de Nova Iorque

Os dois ciclistas amadores estavam inscritos neste reputado Granfondo e acusaram positivo à substância EPO durante um controlo fora de competição. 

Durante o controlo, Mendez tentou reclamar a identidade do irmão gémeo, que também estava inscrito para participar no Granfondo, mas que não veio a competir. Depois, na manhã da competição, Mendez apareceu na zona de partida com o braço ao peito, tentanto ocultar a sua identidade. Acabou no 71º lugar.

Por sua vez, Raff acabou a prova no 25º posto. É um conhecido ex-triatleta profissional. 

Ambos foram desqualificados e banidos de todos os eventos GFNY.

Durante este evento foram alvo de controlos antidoping 60 participantes aleatórios, contendo atletas com hipótese de ficar no top 10. Segundo o historial deste organizador, estes dois atletas são o sexto e sétimo apanhados com controlos postivos durante os últimos 9 anos de história do GFNY.

Segundo o CEO do GFNY, Uli Fluhme, "É muito simples: não podemos apanhar os batoteiros se não fizermos controlos antidoping. Estes resultados mostram que são necessários e que funcionam. Infelizmente, a maioria dos eventos de massas ainda não fazem controlos antidoping, o que transmite uma mensagem bem clara, mas terrível: o doping é permitido nesses eventos".

"Se não permitimos que os participantes nos nossos eventos atalhem caminho, porque permitiríamos que se dopassem? Os participantes no GFNY treinam bastante para estarem em forma nos nossos eventos, por isso merecem eventos honestos. Devemos-lhes isso, mesmo que os controlos antidoping custem mais de 15.000 dólares por ano. Não testar os atletas é uma decisão egoísta dos organizadores. Obriga aqueles que querem andar na frente a doparem-se se querem igualar o nível dos que se dopam". 

O GFNY (Granfondo Nova York) estebeleceu a prática de controlos antidoping em 2012 e é o primeiro organizador a fazer controlos fora de competição. Em 2012, David Anthony e Gabriele Guarini testaram positivo por EPO no GFNY após ganharem o seu respetivo escalão. Em 2015, o vencedor à geral Oscar Tovar (Colômbia) e Yamile Lugo (Colômbia), que foi terceira na categoria feminina, acusaram Testosterona. Em 2017, Manuel Serrano Polowells (México) acusou positivo num controlo antidoping.

Para além destes participantes terem sido banidos para a vida, os regulamentos também mencionam que se um atleta acusar positivo tem de reembolsar o custo do controlo antidoping, bem como tem de reembolsar a organização por quaisquer danos à sua reputação que derivem de controlos positivos. 

E se os atletas pertencem a alguma equipa, a mesma pode ser considerada responsável.

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