O caos que se viveu na Volta a Espanha deixou marcas bem visíveis e ontem durante a apresentação oficial da Volta a França 2026, os jornalistas perguntaram à ASO, empresa que organiza o Tour, se temem protestos, tendo em conta que a prova vai começar em Barcelona.
Segundo Christian Prudhomme, diretor do Tour, em entrevista à agência EFE, é pouco provável que ocorram porque a situação no Médio Oriente estabilizou e, sobretudo, porque a equipa israelita vai mudar de patrocinador.
"Desde a Volta à Espanha a situação melhorou. É algo que não depende de nós, mas nota-se que acalmou, os reféns foram libertados e já há um plano de paz. Ou seja, as coisas vão no bom caminho."
A maior parte dos protestos ocorreu em torno da equipa Israel-Premier Tech, a qual teve de receber apoio policial devido à gravidade de alguns atos dos protestantes.
"A equipa vai mudar de nome, de estrutura e de nacionalidade, com o abandono do seu proprietário milionário".
Tendo em conta o ambiente de incerteza e a ansiedade que os organizadores da Volta a Espanha sentiram durante toda a prova, Prudhomme foi questionado de que forma reagiu a toda esta situação.
"Tiveram o comportamento indicado tendo em conta o que aconteceu, vivendo duas semanas prisioneiros de uma situação que não dependia deles"
O contrato assinado entre a ASO e o Município de Barcelona engloba a cerimónia de abertura da prova francesa, bem como as três primeiras etapas, entre os dias 4 e 6 de Julho de 2026. E por receber o Tour, Barcelona vai pagar à ASO 9,6 milhões de euros.
Uma das imposições de Barcelona é a não participação de equipas israelitas, como reforçou o alcaide Jaume Collboni, e isso será cumprido, como confirmou Christian Prudhomme.
