1. O composto
Refere-se basicamente à dureza da borracha. Surge indicado no pneu normalmente por um número seguido da letra "a". Um valor baixo, por exemplo 42a, significa que a borracha é mais mole, o que beneficia a aderência e mantém o pneu mais tempo no solo pois não "saltita" tanto. Usam-se sobretudo em bikes de DH e terrenos escorregadios mas gastam-se rápido e em trilhos de muita pedra os tacos acabam por ir sendo arrancados aos poucos. Valores altos como 70a indicam que os tacos são mais duros e resistentes ao desgaste mas não oferecem a mesma aderência especialmente em trilhos escorregadios e/ou molhados.
2. A carcassa
As carcassas classificam-se em função dos TPI (Threads Per Inch), ou seja, o número de filamentos em cada polegada. Maior quantidade/densidade de filamentos, requer menor quantidade de borracha na carcassa; portanto será um pneu mais leve mas mais sujeito a furos. Um pneu de DH tem cerca de 33 TPI, o que significa aproximadamente 500 g por metro quadrado. Um pneu de XC de competição conta com 127 TPI e portanto pesa apenas 340 g por cada metro quadrado.
3. O aro
A largura do aro influencia bastante a forma que o pneu toma e como é feito o contato com o solo. Se tens um pneu 2.0" e montas num aro de freeride com 24 mm de largura, o pneu fica demasiado "aberto". Cria mais resistência ao rolar e, como a banda de rolamento está mais próxima do aro, há mais risco de trilhares se não tiveres bastante pressão de ar. O inverso não é melhor, montar um pneu 2,2" ou maior num aro de 17mm fará com que a superfície de contacto com o solo seja menor (menos tração), e como o pneu não está bem apoiado e tem um balão alto irá dobrar demasiado nas curvas podendo mesmo desencaixar do aro.
4. Tubeless
Se ainda não usas Tubeless, estás a perder! Rolar sem câmaras dá-te outra sensação de condução. Mais aderência porque podes rolar com menos pressão de ar; uma vez que a carcassa reforçada e a ausência de câmara fazem com que não fures por snake bite. Menos pressão também significa que o pneu ressalta menos, estando mais tempo em contato com o solo.
5. Os tacos
1. Taco alto: crava-se em terrenos menos duros e dobra-se nos mais duros
2. Taco baixo: mais seguros em terreno seco mas não oferecem tração no molhado e acumulam lama com mais facilidade.
3. Tacos juntos: ideais para terrenos compactos pois a superficie de contacto é maior e oferece menos resistência a rolar. Mas a lama fica agarrada.
4. Tacos afastados: a distância permite que penetrem no solo se não for muito duro. No geral oferecem mais tração em terrenos soltos até porque quase não acumulam lama.