O seu ecrã é de dimensões medianas, de fácil leitura e o funcionamento/navegação são bastante intuitivos. Aliás, o próprio emparelhamento quase dispensa a leitura das instruções, o que denota um cuidado por parte da marca em tornar o mais simples possível o funcionamento do GPS. O mesmo possui cinco botões laterais e ainda dois inferiores. Um dos inferiores serve unicamente para iluminar o ecrã LCD, enquanto o outro liga/desliga.
Do lado direito, um dos botões serve de OK quando escolhemos as funcionalidades e ao mesmo tempo permite gravar as voltas que fazemos. O outro botão permite voltar atrás nos menus, pausar a gravação ou mesmo pará-la totalmente para armazenamento no disco. No lado oposto, o botão superior permite ver mais opções enquanto os dois inferiores servem para ir navegando no menu. Com um pouco de tempo e prática decorámos as funcionalidades e fizemo-nos à estrada durante mais de um mês para avaliar o seu funcionamento.
Algo que difere de imediato este GPS dos Garmin mais tradicionais é a sua rapidez. O Bryton encontra mais rapidamente o sinal de GPS do que a concorrência. Outra característica importante é o facto de vir pré-carregado com mapas OSM, o que permite seguirmos rotas planificadas. O emparelhamento é feito com a tecnologia sem fios Bluetooth de quarta geração (que funciona lindamente), para além disso, é compatível com os sensores ANT e BLE. Quanto à duração da bateria, a marca aponta para 32 horas, mas nós registámos um pouco menos: 30 horas.
O aparelho é impermeável e o ecrã LCD de 2.3 polegadas está ligeiramente rebaixado no esqueleto que inclui a bateria e o CPU para proteger em caso de queda. Desse modo evitamos rachar o ecrã, exceto se bater em algo pontiagudo. Parece um pequeno pormenor, mas quem já deixou cair um aparelho destes ao chão sabe o transtorno que isto evita. Parabéns à Bryton por este pequeno/grande pormenor.
Quanto à visualização das funções, o ecrã mostra até 12 dados por página, contudo com metade fica muito mais legível. O ecrã não tem cores (os caracteres e mapas aparecem a preto e branco), o que pode parecer retrógrado em pleno século XXI, mas em regra esses aparelhos são bem mais caros do que este e a bateria dura muito menos. A navegação, por exemplo, é intuitiva na função Follow Track, a qual orienta passo a passo a nossa rota, com informação da distância e da direção antes de cada viragem. E da lista das inúmeras funcionalidades que possui, como planos de treino, inclui alertas e emparelhamento com o telemóvel para visualizarmos as mensagens de telemóvel, chamadas ou receção de e-mails. Também possui – apesar de não termos testado – um software que o torna compatível com as mudanças eletrónicas da Shimano, SRAM e Campagnolo, mostrando no ecrã dados como as mudanças em utilização, o estado da bateria da transmissão, etc.
E com um preço de apenas 199,95 euros (está em saldos por um tempo limitado) é impressionante como ainda traz acima de 78 funções, incluindo a cadência, o gasto calórico, a potência, a frequência, cardíaca, apenas para enumerar algumas. Mas os detalhes não acabam aqui. Descobrimos também uma aplicação da Bryton que permite personalizar as páginas de dados do nosso aparelho. E tudo isto sem fios. Além de que a aplicação Bryton nos permite visualizar dados das nossas voltas ou treinos, bem como partilhá-los no Strava, por exemplo. E como está disponível para download tanto na App Store como no Google Play, ninguém fica de fora. É de facto um aparelho incrível e com uma relação qualidade/características/preço muito elevada.
O melhor
- Obtenção de sinal
- Utilização intuitiva
- Pack completo
- Relação qualidade/preço
O pior
- Parafusos do suporte de difícil acesso
Ficha técnica
Preço: 199,95 euros (está em campanha no site da Bryton. Antes custava 269,95€)
Peso: 71g
Medidas: 53,7 (L) x 83,9 (A) x 18,2 (P)
Versões: Rider Aero 60C, Rider Aero 60 E e Rider Aero 60 H
Site: http://bryton.es