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Testámos o Prologo Nago R4, o selim mais confortável da marca

O novo Nago R4 tem um design compacto e em forma de "T", além de ser o selim mais leve da Prologo. 

TEXTO E FOTOS: HÉCTOR RUIZ

3 minutos

Testámos o Prologo Nago R4, o selim mais confortável da marca

A primeira impressão que tivemos quando recebemos o Nago R4 foi de "déja vù". Ou seja, reconhecemos de imediato algumas semelhanças com outros modelos da marca, nomeadamente o Dimension - devido ao seu formato compacto e curto - e o Scratch - sobretudo devido à dianteira e à parte traseira -. Mistura o melhor de dois mundos de uma forma curiosa, mas tem uma personalidade própria e não duvidamos de que será a escolha ideal para muitos utilizadores devido ao seu conforto. 

Tem 245 mm de comprimento, portanto é claramente um selim curto (se compararmos, um Specialized Power mede 245 mm e um Selle San Marco Shortfit mede entre 250 e 255 mm, consoante a versão). Na realidade mede 247 mm (medimos e pesamos sempre os produtos que testamos), sendo 236 mm de superfície útil, ou seja, a que está almofadada. Embora a Prologo indique que este selim se destina a ciclismo de estrada, testámos maioritariamente em BTT para analisar o seu comportamento. 

A versão que testámos é a R4 PAS Nack, o que significa que tem abertura central e carris de carbono. Além disso, testámos a versão mais larga de 147 mm, já que a normal é de 143 mm, a qual custa 227,12 euros. Este selim também está disponível sem abertura central e com carris em Tirox - uma liga leve em aço ultrarresistente - que custa 137,86 euros. 

Segundo a Prologo, trata-se do seu modelo mais leve, com um peso de 138 gramas, no caso da versão mais estreita e com abertura central. A versão que testámos, a mais larga, acusou 161 gramas na nossa balança, ao contrário dos 155g anunciados pela marca. Não se trata de um peso superleve, mas sim de um valor competitivo, tendo em conta as características que possui, nomeadamente a sua robusta estrutura e o almofadado de boa qualidade. 

Trata-se de um selim curto com 245 mm de comprimento, mas tem margem suficiente para mudarmos de posição em andamento

Estes são todos os pesos anunciados pela marca:

Nago R4 137 mm Nack. 145 g

Nago R4 137 mm Tirox. 201 g

Nago R4 147 mm Nack. 158 g

Nago R4 147 mm Tirox. 210 g

Nago R4 PAS 137 mm Nack. 138 g

Nago R4 PAS 137 mm Tirox. 195 g

Nago R4 PAS 147 mm Nack. 155 g *

Nago R4 PAS 147 mm Tirox. 209 g

*  Modelo testado. Peso real 161 gramas.

CURTO, MAS INTENSO

Como já referimos, tem um formato em forma de "T", portanto os flancos do selim estão mais recuados, fazendo com que o apoio dos nossos ísquios esteja localizado mais atrás, se compararmos com outros selins. 

Se compararmos, por exemplo, com o Dimension, o selim curto mais conhecido da Prologo, vemos como estas "asas" se alargam muito mais no meio do selim, e essa é a principal diferença entre os dois. Além disso, é mais curvado no plano transversal (se olharmos de frente ou de trás), em vez de tender mais para um perfil plano. 

Isto significa que temos uma maior margem para mudar de posição quando estamos a andar de bicicleta. E talvez seja por isso que a marca o cataloga como um selim mais focado no ciclismo de estrada, assumindo que no BTT nos sentamos mais tempo na mesma posição devido ao maior amortecimento proporcionado pela bicicleta (pneus, suspensões...), embora isto seja somente a teoria. Dito isto, se és um daqueles que gosta de variar a posição em cima da bicicleta de BTT e ter alguma margem de movimento, este Nago R4 é, dentro do segmento dos selins curtos, um dos que mais margem proporciona.

Trata-se de um daqueles selins que, embora pareça ter bastante almofadado, na verdade é bastante firme, mas sem ser excessivamente. Digamos que não é mole, mas também não magoa, sendo a suavidade a sua imagem de marca. 

A relação peso-conforto é muito elevada

O nosso peso fica bem repartido nos ísquios - por isso é crucial escolher bem a largura que se adequa ao nosso corpo - provocando uma sensação de encaixe na perfeição. Fizemos treinos superiores a três horas em BTT e não sentimos pontos de pressão ou desconforto. 

A base prolonga-se até atrás, mas trata-se apenas de uma questão estética e que pode ser até contraproducente. Embora não seja frequente, pode acontecer no caso de numa descida muito íngreme e técnica o nosso ventre ou zona genital ficar presa nessa base (se colocarmos o nosso peso muito atrás), e se algo correr mal batemos com violência nessa zona da base que não tem amortecimento. 

Quanto ao nível da construção e dos acabamentos, parecem ser de boa qualidade, sendo o selim robusto. Não é um modelo muito flexível, mas foi por isso mesmo que o testámos em BTT, tirando partido dos benefícios do sistema de amortecimento da própria bicicleta. A base é fabricada em carbono, tal como os carris, embora estes sejam reforçados com filamentos de kevlar e alumínio. A união entre os carris e a base está bem rematada e é bastante resistente.

Não é um selim barato, mas nota-se qualidade na sua construção. Além disso, compete de igual para igual na categoria dos selins que custam entre 250 e 300 euros. 

Poderás obter mais informações em https://prologo.it/

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