Sempre houve, desde os primórdios do BTT, amortecedores de mola e de ar, contudo o passar dos anos fez com que os amortecedores de mola deixassem de ter o protagonismo que tinham nos anos 90. O funcionamento, o tato e a sensibilidade dos amortecedores de mola não têm nada a ver com os de ar, contudo as marcas trabalharam muito nesse sentido. A principal vantagem dos amortecedores a ar é o peso, por isso é óbvio que as marcas de bicicletas que privilegiam o peso como aspeto fundamental optam por este tipo de amortecedores. Nos dias de hoje, os amortecedores a ar são utilizados desde as bicicletas de XC até às de All Mountain.
E para Enduro, qual devemos escolher? Depende do que procuras: prestações ou peso. Embora, como referimos atrás, os amortecedores a ar têm um rendimento cada vez mais parecido ao de mola, os de mola ainda possuem uma maior sensibilidade e um rendimento superior. A física não engana, e a maior superfície de fricção criada pelos retentores das câmaras de ar reduzem um pouco a sensibilidade e a suavidade de ação em comparação aos amortecedores de mola. Por outro lado, os amortecedores a ar pesam à volta dos 300 a 400 gramas a menos. É possível que com o passar dos anos, e com o desenvolvimento tecnológico os amortecedores de mola venham a desaparecer ou ficar reduzidos exclusivamente ao Downhill ou Freeride, mas enquanto tal não acontece, ainda podemos escolher...