O SRAM XX1 Eagle AXS, que se deve pronunciar "Access" pois é a gama de entrada/acesso ao mundo da eletrónica em termos de transmissões, marca um ponto de viragem no mundo das transmissões. Sem cabos, com tecnologia sem fios encriptada e desenvolvida pela SRAM, este grupo foi desenvolvido nos últimos anos sobretudo na estrada, onde já pontificam os grupos eTAP. O AXS tem ainda as opções de conetividade ANT e Bluetooth, o qual conta ainda com uma interessante aplicação (disponível para Android e iOS) que permite personalizar a comutação das mudanças.
Chris Hilton, Product Manager na área das transmissões de BTT na SRAM, contou-nos em exclusivo para Portugal todos os detalhes da evolução do Eagle AXS, cujos primeiros protótipos viram a luz do dia há seis anos, tendo depois passado para a o grupo de estrada. Na imagem, Chris Hilton mostrou-nos as possibilidades oferecidas pela aplicação. Esta apresentação internacional decorreu em Tucson, no Arizona (EUA) e contou com a presença da revista BIKE, em exclusivo para Portugal e Espanha.
O desviador traseiro sofreu várias modificações ao longo do seu desenvolvimento, além de ter sido testado por 80 utilizadores diferentes. Além disso, em 2018 pudemos ver Nino Schurter a competir utilizando as versões em desenvolvimento deste grupo, tendo sido um dos que deu mais feedback à marca.
O peso completo do XX1 AXS, composto por cranques com cremalheiras (30, 32, 34, 36 ou 38), desviador traseiro, manete de mudanças, cassete, corrente, carregador e ferramenta para ajustar a distância do desviador aos carretos (que varia ligeiramente face à versão mecânica) será cerca de 5 gramas mais leve no modelo XX1 e 15 gramas no X01.
Enquanto a bateria, capaz de aguentar cerca de 20 a 25 horas de utilização em BTT, dependendo do percurso, climatologia, etc, está instalada na parte traseira do desviador (pesa 25 gramas), a manete tem a sua própria bateria (uma pilha CR2032). Ou seja, é a mesma que certamente usas no teu relógio. A vida útil destas pilhas costuma ser de pelo menos dois anos e pode ser mudada através da tampa superior da manete.
Saber o nível da bateria é fácil. Ao ligar o sistema, acende-se um LED. Quando estiver na cor verde, a carga está num nível ótimo, quando mudar para vermelho, está a avisar-nos de que a carga está a 50% e quando começar a piscar nessa mesma cor, está na altura de recarregar. Desmontar a bateria é fácil e o carregamento pode ser feito de modo muito rápido.
O “GRIP SHIFT” DO FUTURO
Quando a SRAM apresentou o seu primeiro produto para BTT, os populares Grip Shift no início dos anos 90, o mundo das transmissões sofreu uma das maiores revoluções até à data. E hoje, mais de 25 anos depois, a SRAM volta a surpreender o mercado com um sistema no qual não terás de fazer esforços quando já não tiveres forças. As novas manetes AXS são tão suaves que mudarás, seguramente, mais do que habitualmente fazes com as tuas mudanças mecânicas.
Nas fases finais de desenvolvimento, a SRAM desenvolveu dois tipos de comando: o sistema giratório GripShift (podes ver na foto inferior), bem como o sistema tipo gatilho. No entanto, a opção final recaiu em comandos/interruptores onde o toque suave é tudo aquilo que precisas para passar as mudanças. No fundo, menos esforço significa mais diversão.
O comando atua em duas direções, para subir e baixar carretos, ações que podes personalizar na APP, variando o sentido, bem como os carretos que queres mover. Podes limitar a passagem da corrente de uns carretos para outros, ou então podes fazer com que o desviador percorra toda a cassete sem limite.
EM ANDAMENTO...
Tivemos a oportunidade de testar o sistema AXS em exclusivo para Portugal. É um sistema muito fácil e intuitivo de usar, até porque a aplicação desenvolvda especificamente (que permite-nos fazer os ajustes necessários) serve para nos facilitar a vida. Vais poder ler o teste em exclusivo nacional numa próxima edição da revista BIKE portuguesa.
Se optares por montar um espigão telescópico Rock Shox Reverb AXS, o comando de bloqueio da suspensão também pode ser utilizado (no lado esquerdo) como opção para subir os carretos, deixando o direito apenas para baixar, ou colocar o comando do espigão no lado direito se fores canhoto... o que quiseres.
NUNCA MUDAREI PARA O ELETRÓNICO…
Se és daqueles que diz não às suspensões, aos travões de disco e ao tubeless... pensa duas vezes antes de dizeres que não às mudanças eletrónicas sem fios. Como a SRAM batizou sabiamente, o AXS é o acesso a um mundo que nos vai proporcionar alterações de relevo mais rápido do que possamos pensar. Tivemos o primeiro contato com este grupo juntamente com a equipa Scott-SRAM, com Nino Schurter a bordo da bicicleta com que ganhou o Mundial (e que atualmente está exposta na sede central da SRAM em Schweinfurt (Alemanha).
Vê o vídeo que o Diretor da revista BIKE em Espanha fez em exclusivo. Basta clicar aqui.