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Já testámos a nova suspensão de Downcountry Öhlins RXF 34 M.2

A marca sueca Öhlins acabou de lançar a sua suspensão mais leve do catálogo, com um curso de 120 ou 130 mm, ideal para Downcountry.

Héctor Ruiz / Fotos: César Cabrera

Já testámos a nova suspensão de Downcountry Öhlins RXF 34 M.2
Já testámos a nova suspensão de Downcountry Öhlins RXF 34 M.2

Downcountry é a palavra da moda e este ano são inúmeras as marcas que apresentaram bicicletas e componentes específicos para esta categoria. A Öhlins é um dos exemplos, através da nova RFX 34 M.2, uma nova suspensão com um curso de 120 ou 130 mm, a mais leve do seu catálogo. 

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Esta suspensão está destinada a rivalizar com outras, como a 34 Step Cast da Fox ou a SID de 120 mm, além da F232 ONE da DT Swiss ou a Lefty Ocho na sua versão com mais curso. 

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Contudo, o carisma "Gravity" da marca Öhlins (no site da marca vemos claramente que o seu catálogo está dividido em suspensões de Trail e Enduro por um lado e de Downhill, por outro) fica bem patente em muitos aspetos da sua construção, não só pelo facto de a podermos encontrar com um curso mais generoso do que outras suspensões do mercado enquadradas no mesmo segmento, com opção de 130 mm além da de 120 mm que testámos, mas também porque a sua construção centrou-se na máxima robustez e em soluções típicas de suspensões com mais curso. 

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O seu chassis tem o mesmo nome do modelo 34 RFX "normal", dado que o diâmetro das barras é o mesmo, contudo salvo esta característica, o resto é novo e foi desenvolvido tendo como objetivo o peso mais baixo. A estrutura foi aligeirada sobretudo na união entre as pernas, na ponte e na zona inferior, junto ao eixo. 

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Segundo a marca, pesa 1.698 gramas, mas na nossa balança chegou aos 1.710 gramas, com o tubo de direção sem cortar e com o eixo da roda instalado (o eixo pesa 38g). De origem vem instalada com quatro espaçadores de volume de ar. Depois de cortarmos o tubo (15,5 cm) e de colocarmos a aranha da direção, ficou a pesar 1.690g, um peso praticamente idêntico ao anunciado pelo fabricante. 

São 150g a mais do que uma SID Ultimate e 200g a mais do que a Fox 34 SC Factory, ambas topo de gama. Se compararmos com a SID Select de gama média-alta montada em muitas bicicletas à venda no nosso país, o peso é praticamente o mesmo. 

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Tendo em conta estes valores, podemos tirar já duas ilações: a primeira é que não é a mais leve do seu segmento, embora isso não seja o pretendido, dado que as características focadas no Trail fazem parte da sua génese. Em segundo lugar, nota-se que o seu chassis dá prioridade à solidez e à robustez em detrimento da leveza extrema e das características distintivas sobressai o eixo flutuante com um parafuso extra de aperto, um sistema que melhora a rigidez e reduz a fricção. Aliás, encontramos este eixo em muitas bicicletas de Enduro e mesmo de DH. 

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O eixo flutuante da Öhlins RXF é usado em todas as suas suspensões de longo curso

O diâmetro do eixo é de 15 mm. Graças a tudo isto, a suspensão está homologada para poder ser usada em bicicletas elétricas, portanto se estiveres a pensar fazer um upgrade na tua e-bike e queres uma suspensão mais leve, esta RFX 34 é uma opção a ter em conta. Além disso, é compatível com pneus no máximo com 2.6" de balão. 

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Tem espaço de sobra para pneus até 2.6". Os retentores são os famosos SKF de baixa fricção

O diâmetro mínimo do disco é de 160 mm, por isso se pretendes fazer uma montagem personalizada muito leve, ficas já a saber com o que podes contar. No máximo deve ter 203 mm. 

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Quanto ao interior desta RXF 34 M.2, destaca-se um novo cartucho denominado OTX18 e que partilha alguns componentes internos com o TTX18 usado nos modelos com mais curso. É 20% mais leve, segundo dados fornecidos pela marca. O seu sistema hidráulico foi adaptado para uma condução mais ágil e fluida, com mais pedalada e, portanto, sujeita a menos oscilações, valorizando a tração e o controlo. 

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A capacidade de ajuste é muito elevada graças a um controlo de compressão em baixa velocidade com um total de 15 clics no rotor. A recuperação também tem 15 clics e nota-se claramente uma diferença de comportamento à medida que alteramos estes ajustes. Além disso, possui uma alavanca com três posições, as duas primeiras para controlar a compressão em alta velocidade, sendo a terceira denominada "Climb", na qual a suspensão fica praticamente bloqueada. 

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A alavanca tem três posições, sendo a mais adiantada ideal para subidas longas e com muita pendente (uma espécie de semi-bloqueio). 

Graças a tudo isto, podemos adaptar o seu comportamento a todo o tipo de circunstâncias, como subir um trilho com uma pendente elevada, rolar ou descer numa zona técnica. 

Como é habitual na Öhlins, o sistema hidráulico está localizado na perna esquerda em vez da direita, e só temos a opção de controlo manual, sem possibilidade de bloqueio remoto.

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No lado oposto, a sua câmara de ar foi simplificada e em vez de contar com uma tripla câmara (como noutros modelos da marca), possui uma câmara positiva e outra negativa e ambas são autoajustáveis. A câmara negativa tem um maior volume de ar para uma sensibilidade inicial otimizada e também para uma resposta bastante rápida. 

Após várias semanas, já chegámos a algumas conclusões após este teste: por um lado, é uma suspensão que trabalha a maior parte do tempo extendida, absorvendo a quantidade necessária de impactos em cada momento, por isso não é daquelas que se afunda excessivamente. Por outro lado, como tem um controlo da compressão em baixa velocidade, se o levarmos nas posições mais fechadas, a suspensão move-se muito pouco e a sua plataforma de pedalada passa a ser bastante boa, por isso não temos de recorrer tanto ao bloqueio nas subidas, como acontece noutras suspensões. Por isso, embora inicialmente considerássemos a ausência de um controlo remoto um grande handicap, em andamento confirmámos que fazendo ajustes o sistema compensa muito bem. 

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Quando estamos em descidas rápidas e técnicas, é uma suspensão que demonstra ter muito curso disponível e a leitura que faz do terreno e dos seus desníveis é muito boa. Ao mesmo tempo, é suave na absorção das irregularidades. Nas zonas mais agressivas usa somente o curso que tem de usar, nunca afundando em demasia. 

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A Öhlins RXF 34 M.2 traz espaçadores de volume na câmara de ar positiva 

No interior pode levar no máximo até 6 espaçadores de volume de ar e de série vem com 4 instalados. Os riders com um estilo de condução mais agressivo e que aproveitam cada salto devem colocar um quinto espaçador (ou mesmo o sexto) para aumentar a curva de progressão e evitar esgotar o curso. 

Esta suspensão só está disponível em 29 polegadas e com um offset de 44 mm (é a medida que, se tens lido os nossos testes na revista BIKE já deves saber, quase todas as marcas estão a adotar). Além disso, no catálogo só existe em preto e amarelo dourado

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Öhlins RXF M.2, uma suspensão ideal para bicicletas de 120 e 130 mm de curso

O preço para o mercado ibérico ronda os 1.294 €. 

 

Ficha técnica:

  • Cartucho hidráulico OTX18
  • Curso: 120 e 130 mm.
  • Câmara de ar positiva e negativa.
  • Barras de 34 mm de diâmetro.
  • Eixo flutuante dianteiro para reduzir a fricção.
  • Apenas disponível em 29".
  • Offset de 44 mm.
  • Aprovada para eMTB.
  • Compatível com pneus até 2.6".

Poderás saber mais informações em www.ohlins.com.

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