A primeira versão da SuperSix EVO foi lançada no mercado em 2008. Foi a primeira bicicleta da marca americana construída totalmente em carbono e desde então tem sido uma referência no seu segmento, destacando-se pela leveza, rigidez e conforto.

Esta foi a primeira geração da SuperSix EVO, lançada em 2008
Durante a sua trajetória, a SuperSix EVO provou ser uma bicicleta destinada a alta competição, mas o conforto foi sempre uma das premissas dos engenheiros da marca, como provam, por exemplo, as escoras com o conceito SAVE e os espigões de selim de 27,2 mm de diâmetro.

Esta foi a segunda geração da SuperSix EVO, em 2011
Equipas como a Liquigas, a Cannondale e mais recentemente a Education First usaram este modelo ao longo dos anos, passando por diferentes upgrades e alcançando a vitória em algumas das provas mais duras do mundo.

Em 2015 foram introduzidos os travões de disco neste modelo
Agora, passados 15 anos, foram finalmente revelados os detalhes da quarta geração desta super bicicleta. Embora à primeira vista possa parecer semelhante à geração anterior, esticamente e, sobretudo, dinamicamente, é uma evolução. Foi isso mesmo que comprovámos durante o evento exclusivo que a Cannondale organizou em Girona (Espanha), onde tivemos a oportunidade de pedalar lado a lado com ciclistas da Education First e conversar com os engenheiros.

Esta foi a terceira geração da SuperSix EVO, lançada em 2019
NOVA SUPERSIX EVO
A SuperSix EVO continua a ser uma bicicleta para alto rendimento e continua a ser uma das melhores trepadoras do mercado, apesar de responder agora a uma exigência do mercado, ou seja, inclui detalhes aerodinâmicos no quadro.

Imagem da nova SuperSix EVO 4
Trata-se de um modelo destinada a alta competição. No entanto, o conceito SuperSix EVO de quarta geração incrementou o nível de exclusividade face ao passado, com a introdução de uma gama superior às já existentes, além de ampliar a gama de cores das montagens completas, bem como das opções em quadro separado. Na prática, é um modelo mais customizado e atrativo desde as gamas médias às mais altas e elitistas.

Obviamente não é só a nível estético que se nota a aerodinâmica, mas também em andamento. E é mais leve, com versões que incluem quadros ainda melhores do que os Hi-Mod que até agora eram o topo de gama na Cannondale, além de outras inovações.
Como o coeficiente de resistência aerodinâmica foi reduzido, a bicicleta penetra melhor no ar e nesse aspeto apresenta quase os mesmos valores aerodinâmicos que o modelo SystemSix, a bicicleta mais pura em termos de aerodinamismo deste construtor. No entanto, estamos a falar de pesos diferentes, dado que a SystemSix tem um quadro com formas mais sobredimensionadas. Além disso, como a marca fez questão de salientar, no túnel de vento, a SuperSix apresentou valores muito melhores do que as suas rivais mais diretas em termos aerodinâmicos.

Para conseguir estas melhorias e alcançar mais velocidade aplicando a mesma potência, os engenheiros otimizaram vários aspetos. Um deles foi o perfil da forqueta, que agora é mais volumosa e está melhor integrada com a direção. Além disso, continua a ter bastante espaço para os pneus, sendo possível usar modelos de até 34 mm. A testa da direção também foi otimizada. Tem um formato mais perfilado do que a anterior.
A Cannondale fez uma cooperação com a empresa italiana Momo Design com a qual criou um cockpit denominado R-One muito mais aerodinâmico do que o Hollowgram próprio da Cannondale usado até agora. Este guiador será equipado somente nas versões mais caras e além de benefícios aerodinâmicos, permite uma melhor integração das mangueiras dos travões. Também o tubo da forqueta tem uma secção triangular que permite encaminhar os cabos pelo interior da testa da direção.

No campo da aerodinâmica, há mais detalhes como um espigão de selim perfilado, o que impossibilita agora a colocação da bateria Di2 no seu interior.
Os porta-bidons e os bidons foram concebidos de uma maneira particular, precisamente para aumentar o desempenho aerodinâmico. Trata-se de um design exclusivo denominado ReGrip através do qual o conjunto composto pelo porta-bidon e o bidon têm o mesmo perfil aero. O perfil é mais quadrado e o seu formato integra-se melhor com o perfil do tubo diagonal. Em todo o caso, os porta-bidons, mesmo com este fomato quadrado, podem albergar sem problemas um bidon redondo normal.
Quanto às rodas, foram renovadas. Agora, de origem traz umas Hollowgram com 50 mm de perfil e com uma largura interna aumentada de 21 mm e externa de 32 mm. Existem duas versões das rodas, as R-SL 50 que pesam 1.520g o par e as R-S 50 cujo peso ronda 1.620g. Estas duas opções possuem cubos com mecanismo interno DT Swiss 240 e 340S, respetivamente.
SUPERSIX EVO MAIS LEVE
Reduzir o peso foi outro dos objetivos da Cannondale, não só pelo historial desta bicicleta, mas também pelas exigências atuais no WorldTour. Para além de contar com um cockpit mais leve, passa a existir uma nova versão ultraleve do quadro denominada Serie 0 que pesa 770g no tamanho L, ou seja, cerca de 40g mais leve do que a versão Hi-Mod, considerada até agora topo de gama. Este quadro Serie 0 tem um carbono diferente do usado nos restantes quadros da gama, com a utilização de nano resina, o que permite poupar material, peso e ao mesmo tempo aumenta a rigidez do conjunto.

Montagem exclusiva de um dos quadros LAB71.
Além da nova série 0, há duas versões adicionais, estruturalmente idênticas, mas com diferenças no tipo e disposição do carbono. Por um lado, o denominado quadro Carbon, cujo carbono é regular (não é de alto módulo) e que tem um peso declarado de 930g. É utilizado nas gamas mais baratas da SuperSix EVO. Por outro, o quadro Hi-Mod, a versão de alto módulo que todos conhecemos e que tem sido usado até agora e que pesa 830g. É o quadro que será usado na gama alta das montagens de série. Todos os pesos que referimos dizem respeito a quadros no tamanho 56 (pintados).

Quadro LAB71 ultraleve (pesa 770 g no tamanho 56 já com a decoração da equipa Education First)
Com estas melhorias e componentes de última geração, foi possível reduzir o peso final dos modelos mais altos. Por exemplo, o mais leve pesa 6,8 kg, totalmente montado, no tamanho 56, embora sem pedais. Um peso mais baixo do que a SuperSix que vigorava até agora, que pesava 7,4 kg com a mesma configuração e pintura.
MAIS INTEGRADA E INOVADORA
Há mais novidades neste quadro que ainda não referimos. Por exemplo, a marca deixou de usar o clássico eixo pedaleiro BB30 e passou a adotar um sistema universal BSA 68 mm de rosca. Com esta mudança, a compatibilidade com outros fabricantes de cranques, pedaleiros e pratos aumenta consideravelmente, sendo possível fazer montagens super exclusivas. Além disso, os intervalos de manutenção são maiores e é reduzido o risco de ruídos parasitas nesta zona crítica da bicicleta. Muitas marcas estão a escolher este sistema de pedaleiro e a Cannondale não quis ser a exceção.

Outro aspeto inovador é a nova localização da bateria (no caso dos modelos eletrónicos Shimano Di2). Na nova Cannondale a bateria está localizada um compartimento na parte inferior do tubo diagonal da bicicleta, uma solução adotada por muitas marcas nas suas eBikes. Tem uma tampa de acesso para podermos extrair a bateria, caso seja necessário. Como o espigão de selim ficou mais fino e aerodinâmico, sendo impossível alojar a bateria no seu interior, esta foi a solução escolhida pelos engenheiros da Cannondale.

Localização da bateria dos grupos Shimano Di2 no novo quadro SuperSix EVO
LAB71, A EXCLUSIVIDADE NO SEU EXPOENTE MÁXIMO
Aproveitando o lançamento da nova SuperSix EVO de quarta geração, e de um super quadro mais elitista ainda mais vanguardista do que o Hi-Mod existente até agora, a Cannondale deu a conhecer um novo conceito que proporciona mais exclusividade a esta bicicleta, bem como - supomos - a outros modelos do catálogo da marca a médio prazo.
Trata-se da gama LAB71, que já tínhamos apresentado em exclusivo nacional aqui no site, um novo standard em termos de qualidade e exclusividade através do qual a Cannondale quer reafirmar e reinvidicar o seu ADN inovador, premium e tecnológico lançado desde o surgimento da marca, em 1971. Os modelos com o símbolo LAB71 possuem o melhor que existe no mercado. No caso destas novas SuperSix EVO, os quadros são da nova série 0, mais leves e mais rígidos do que a concorrência.
As cores, as montagens, tudo será especial e exclusivo nesta nova gama da Cannondale. Visualmente os quadros terão um símbolo LAB71 no tubo de selim e que, por exemplo, podemos encontrar nas bicicletas da equipa Education First.
A gama LAB71 não inclui somente bicicletas completas. Também serão comercializados quadros com pinturas especiais somente disponíveis nesta categoria.

COMPORTAMENTO DA NOVA SUPERSIX EVO DE 4ª GERAÇÃO
Após testarmos esta nova Cannondale e tendo como base um teste recente da terceira geração, temos de confessar que se nota uma evolução em termos de desempenho, apesar de manter praticamente a mesma geometria face à versão anterior. Isto significa que o trabalho feito pelos engenheiros a nível de disposição das camadas de carbono, tecnologias aplicadas e escolha de componentes, foi bem executado. A única diferença que notámos foi basicamente nas escoras, que são 2 mm mais compridas do que as da versão anterior.

No nosso caso, testámos uma SuperSix EVO Hi-Mod 1, o topo de gama das versões Hi-Mod, com um quadro intermédio (que até agora era o mais elitista), cujo peso se cifra em 810g. A bicicleta vem equipada com o grupo eletrónico sem fios SRAM Red eTap AXS.

É uma bicicleta muito estável e mais suave do que a versão anterior, aparentando absorver melhor as irregularidades da estrada. É de fácil condução, segura - provavelmente devido aos 2 mm extra nas escoras traseiras - e como provámos nas estradas cheias de curvas e contracurvas em Girona, proporciona muita confiança, mesmo em descidas rápidas e técnicas.

O aspeto que mais sobressaiu durante o teste foi a facilidade em atingir velocidades altas. Nem a versão anterior conseguia este feito. Isto deve-se ao maior aerodinamismo, como comprova um dado apresentado pela marca: para circular a 45 km/h com condições normais de vento, são necessários 12 watts a menos do que na versão anterior. Para além de ser fácil manter velocidades elevadas, nota-se que é mais leve e os níveis de rigidez e reatividade são semelhantes aos que já conhecíamos na terceira geração.
Poderás conhecer a gama completa em www.cannondale.com.