As bicicletas atuais têm valências que as tornam mais polivalentes do que nunca, por isso podemos ampliar os nossos horizontes, percorrendo distâncias maiores com mais conforto e segurança, ou entrando em secções técnicas que há alguns anos atrás nem nos atreveríamos a arriscar percorrer. No entanto, como sempre, o elo mais fraco nesta equação, ou seja, aquele que pode fazer com que a nossa volta de bicicleta deixe de ser divertida e tenhamos de voltar a casa a pé são as rodas, dado que se arriscares em secções rápidas e duras, com pedras e raízes, podes sofrer um furo ou um corte.

Por isso, as mousses ganharam popularidade, sendo algumas melhores do que outras. O Cushcore é precisamente uma evolução dessas mousses, dado que o efeito visa, por um lado, a proteção do pneu, mas também o amortecimento. É por isso mesmo que vários atletas da Taça do Mundo, como Loic Bruni no Downhill ou Geoff Kabush no Gravel utilizam este sistema. Além disso, várias equipas como a GT, Trek, Kona, Norco, entre outras já aderiram ao Cushcore, como comprovámos em várias provas e estágios.
PROTEÇÃO
Logicamente, a proteção é o principal argumento a favor deste sistema. Os testes demonstraram que o Cushcore ajuda a reduzir até 50% os impactos verticais, se compararmos com um pneu Tubeless sem este sistema.

Redução de força do impacto do Cushcore medido em laboratório
Desta forma, se um pneu Tubeless normal pode resistir a uma determinada força máxima G num impacto vertical (como aterrar de um salto numa pedra afiada), como por exemplo 25g, com o Cushcore é capaz de resistir perfeitamente o dobro, ou seja, 50g.
AMORTECIMENTO EXTRA
Trata-se de uma das principais virtudes do Cushcore. Baseia-se na elasticidade e capacidade de absorção do seu material viscoelástico como forma adicional de aumentar a capacidade da nossa bicicleta amortecer os impactos. Os testes no terreno (com voltas que chegaram a 4 horas de duração) comprovaram (com telemetria que demonstra isso mesmo) que o curso das suspensões é usado de uma forma mais eficaz com o Cushcore.

Isto demonstra que o seu material é capaz de dissipar a energia que chega ao resto da bicicleta, deixando que o curso completo da suspensão e do amortecedor esteja disponível para os grandes impactos. Segundo os dados da marca, as suspensões com 150 mm parecem que têm 170 mm.
MAIS CONTROLO
Em suma, a condução com o Cushcore é mais confortável, e tanto os impactos como as vibrações notam-se menos, o que se traduz num tato do terreno mais suave. Isto influencia diretamente o controlo da bicicleta, dado que todas essas vibrações e forças que perturbam o traçado que estamos a seguir ficam mitigadas. Através de acelerómetros que examinam as forças G em conflito, a marca demonstrou que em condições reais de condução, as vibrações e os impactos foram reduzidos 12%.
A recuperação do Cushcore e a compressão da suspensão ocorrem simultaneamente, por isso o Cushcore ajuda a minimizar as forças que a suspensão tem de absorver. Deste modo, mas rodas mantêm-se mais tempo no solo e melhoram a tração, além de minimizar a fadiga das mãos e braços.
MAIS PRECISÃO NO TERRENO
Outra das vantagens do Cushcore é que, graças ao seu design e à sua construção, oferece uma estabilidade muito elevada ao pneu, o que melhora o seu comportamento especialmente em curva, se tivermos um estilo muito agressivo e/ou costumamos andar com a pressão dos pneus muito baixa.

A marca refere que o pneu deforma menos 25% do que um tradicional e em termos de rigidez lateral é 35% superior.

EM ANDAMENTO
Os responsáveis da Cushcore asseguram que este sistema é capaz de reduzir a resistência ao rolamento cerca de 3.2%, se compararmos com um pneu Tubeless sem o Cushcore. Para comprovar esta afirmação, a marca solicitou ao laboratório independente Wheel Energy que testasse o sistema. Nos testes foram usados uns pneus Schwalbe Nobby Nic 2.35" com uma pressão de 25 PSI (1.7 Bar), tendo sido analisados os watts necessários para fazer rodar a roda e foi comprovado que no caso da roda com Cushcore houve uma redução de 1.2 watts, o que se traduz em menos 3.2% de resistência ao rolamento.

A marca tem disponíveis quatro versões - Pro, XC, Plus e Gravel CX - as quais são distribuídas pela empresa espanhola Mundo Talio.
Todos os modelos são vendidos em pack (para duas rodas) ou de forma separada (para uma roda) em 29 polegadas e em 27,5". Inclui válvulas específicas da marca e, como não poderia deixar de ser, o Cushcore é totalmente compatível com líquido selante, dado que o material não absorve.

Os pesos variam entre 120 e 330 g por cada Cushcore, dependendo da versão, e os preços vão desde os 89 euros (individual) a 189 euros (kit para duas rodas).
GRAVEL CX:
- Medida: 700c
- Aro: 19mm – 26mm
- Pneus: 33mm – 46mm
- Peso: 120g
XC: (XC / TRAIL):
- Medida: 27.5 / 29
- Aro: 22mm - 32mm
- Pneus: 1.8” - 2.4”
- Peso: 140g (27.5) – 150g (29)

PLUS: (TRAIL / ENDURO)
- Medida: 27.5 / 29
- Aro: 32mm - 45mm
- Pneus: 2.6” - 3.0”
- Peso: 290g (27.5) – 330g (29)
PRO:
- Medida: 27.5 / 29 (existe versão Mix com os dois diâmetros combinados)
- Aro: 22mm - 35mm
- Pneus: 2.1” - 2.6”
- Peso: 250g (27.5) – 260g (29)
Poderás saber mais informações em https://www.talio.net/ .