A BH Lynx Race é uma bicicleta que conta com alguns resultados de relevo, como uma medalha nos Jogos Olímpicos, um vice-Campeonato do Mundo, uma vitória na Taça do Mundo e vários pódios, bem como um Campeonato da Europa de XCM e vários Campeonatos de Espanha. É a bicicleta utilizada pela equipa BH Coloma que tem como principal referência David Valero, atual número um do ranking UCI.
Foi estreada oficialmente em competição na Taça do Mundo de Lenzerheide (Suíça), sem pintura e com alguns autocolantes a esconder as modificações. A nova versão sofreu melhorias que respondem não só aos requisitos dos atletas que participam na Taça do Mundo como de utilizadores amadores.

Mantém o sistema de amortecimento Split Pivot, mas passa a ter 120 mm de curso (o modelo anterior só tinha 100 mm). A cinemática não foi alterada, aliás quando testámos a versão anterior, este foi um dos aspetos mais valorizados, mas a rigidez torsional foi melhorada, a caixa do pedaleiro foi reforçada e os links estão mais integrados, ocultando os parafusos e os apertos. Além disso, o encaminhamento dos cabos foi otimizado.
A geometria enquadra-se mais com o Cross Country atual, por isso, a direção está mais lançada (passa a ter 67º), o tubo de selim foi verticalizado (passa a ter 76º) e o triângulo traseiro está 10 a 15 mm mais comprido, além de o tubo superior estar numa posição mais baixa.

O aperto do espigão de selim está mais integrado (estando agora acessível através da zona do amortecedor) e o reforço superior foi suprimido, por isso foi possível baixar o tubo superior 20 mm, oferecendo mais mobilidade em andamento.
Os parafusos e os pivôs estão ocultos e a testa da direção foi redesenhada, estando agora 8 mm mais abaixo para facilitar o acesso dos cabos/mangueiras através da direção Acros Block Lock, que mantém a limitação rotacional de 160º, impedindo que o guiador ou a suspensão batam no quadro em caso de queda ou manuseamento incorreto.

A caixa de pedaleiro PressFit 92 continua a ser a opção da BH. A marca alega que a sua maior largura oferece mais rigidez. A linha de corrente passa a ser de 55 mm, sendo possível montar pratos de até 40 dentes. E agora podemos instalar dois bidons, algo que o modelo anterior não permitia. O vertical requer a montagem de um adaptador similar ao que se utiliza nas pinças de travão. Esta solução evita modificar os pontos de articulação do basculante sem comprometer o funcionamento do amortecedor, um dos pontos chave deste modelo. O porta-bidão do tubo diagonal pode ser montado em duas posições diferentes, sendo necessário montar a posição mais alta quando usamos dois bidons.
Atrás da caixa do pedaleiro passam a existir orifícios independentes para o cabo do desviador e mangueira do travão, os quais são conduzidos através das escoras com guias internas de latex. E devido às modificações no basculante, agora podem ser montados pneus até 2.4".
A área de apoio dos pivôs do amortecedor traseiro no quadro aumentou. Além do mais, o pivô superior tem um diâmetro maior e agora possui um eixo estriado que proporciona mais rigidez. Os pivôs mantêm a sua localização, mas agora são mais resistentes e rígidos.

A conexão entre as escoras, link e amortecedor é mais linear, não sofrendo interrupções. Os parafusos também estão invisíveis, para um aspeto mais limpo e o reforço entre as escoras passa a ser mais arqueado.
O sistema de amortecimento Split Pivot possui uma articulação ao redor do eixo da roda que aloja o eixo da bicicleta. Estas peças foram melhoradas e este quadro já inclui uma patilha UDH, portanto já é possível montar neste quadro uma das novas transmissões que a SRAM acabou de lançar.
O amortecedor FOX continua a poder ser montado com 100 ou 120 mm de curso. A alteração geométrica de um curso para outro (100 para 120 mm), ou a combinação de uma suspensão de 120 mm com um curso traseiro de 100 mm, não é significativa, portanto o comportamento não fica comprometido, mas sim a sua capacidade de absorção.
Comporta-se como uma bicicleta da Taça do Mundo, mas desce como uma de Trail
A BH não quis entrar numa guerra com as restantes marcas no que diz respeito ao peso, por isso este modelo mantém o mesmo valor da versão anterior. No entanto, o comportamento do eixo traseiro está melhor, com uma melhor resposta Anti-Squat (isolamento das forças de tração da corrente face ao sistema de amortecimento) e Anti-Brake Squat (impede que a força causada pelo travão traseiro prejudique a compressão do basculante).
Um novo processo de produção permite que os quadros saiam do molde praticamente terminados, sem a necessidade de eliminar resíduos do seu interior e com um acabamento liso e suave. O quadro está disponível em duas versões: EVO e Performance, que diferem em termos de qualidade, composição e tipo de carbono utilizado.
A nova BH Lynx Race estará disponível em sete modelos com 120 mm de curso e seis com 100 mm.
Poderás saber mais detalhes em www.bhbikes.com.