A notícia foi publicada no site WielterFlits e gerou uma onda de comentários em todo o mundo, apesar de ainda não ter sido confirmada nem negada por nenhuma das partes. Segundo este site neerlandês, a Jumbo-Visma e a Quick Step têm estado a trabalhar numa fusão que poderá ocorrer já na próxima temporada.
Os diretores desportivos das duas equipas - segundo este site - estão em conversações desde Julho e caso se confirme esta notícia será uma autêntica "bomba", depois de aparentemente a eventual fusão entre a INEOS e a Movistar ter sido descartada. Caso se concretize, poderão ficar na mesma equipa Jonas Vingegaard, Remco Evenepoel, Primoz Roglic, Sepp Kus, Wout van Aert, Julian Alaphilippe, Mikel Landa, Wilco Kelderman, Matteo Jorgenson, Christophe Laporte, Yves Lampaert, Dylan van Baarle, Kasper Asgreen, Ben Tulett, Tiesj Benoot, Tim Merlier, Olav Kooij, entre outros. Ou seja, uma super equipa.
Supostamente foram os dirigentes da Jumbo-Visma que deram o primeiro passo quando tiveram conhecimento que o multimilionário Jim Radcliffe, CEO da INEOS Grenadiers, queria comprar a Soudal-Quick Step. Houve uma reunião em Genebra com Zdenek Bakala, proprietário da equipa belga, e rapidamente surgiu uma base para a fusão com a aceitação de quais seriam os principais patrocinadores: Soudal e Visma.
Convém relembrar que embora o contrato de patrocínio da cadeia de supermercados Jumbo com a equipa neerlandesa dure até final de 2024, os seus atuais gestores manifestaram a intenção de deixar antes da data prevista caso surja um novo patrocinador principal.
"Do ponto de vista financeiro e desportivo esta seria uma decisão acertada que daria à equipa recursos para competir contra equipas com orçamentos maiores como a INEOS Grenadiers e UAE Team Emirates", disse um responsável do site WielterFlits.
Em termos de organograma, o manager geral da Jumbo-Visma, Richard Plugge, passaria a ser o diretor executivo da equipa, o diretor Merijn Zeeman passaria a liderar a parte desportiva, enquanto Patrick Lefevere passaria a membro do Conselho de Supervisão, pelo que teria menos poder do que o que tem atualmente na Soudal-Quick Step.
Em termos logísticos a operação poderá ser complexa, dado que para 2024 ambas as equipas têm 50 ciclistas com contrato, 27 da Jumbo-Visma e 23 da Soudal-Quick Step. Ao confirmar-se a fusão, terão de ser feitas algumas rescisões de contrato (com compensações financeiras), tendo a equipa de garantir apenas 30 ciclistas (no máximo), como está estipulado nos regulamentos da UCI.
Além disso, teriam de ser dispensados vários elementos do staff técnico. O mesmo terá de acontecer nas respetivas equipas femininas e equipas satélite.
Obviamente, este cenário poderá abrir caminho à saída de alguns dos líderes da nova super equipa, como eventualmente Roglic ou Evevepoel. No caso do esloveno, tem contrato até 2025, mas é um dos ciclistas mais cobiçados, sobretudo pela Lidl-Trek, Bahrain Victorious, Jayco AIUIa e Movistar.