A Volta a França apresentou o percurso da edição nº111, o qual ficou de certa forma condicionado em termos de datas e locais devido aos Jogos Olímpicos de Paris. A prova vai decorrer de 29 de Junho a 21 de Julho e em vez de terminar, como é habitual, nos Campos Elíseos em Paris, a última etapa será um contrarrelógio que ligará o Mónaco a Nice. Além disso, pela primeira vez a prova vai começar em Itália, mais concretamente em Florença.
O percurso será equilibrado e com algumas novidades. Vai atravessar a Itália, San Marino, França e o Mónaco. Os ciclistas terão de subir os Apeninos e os Alpes italianos, bem como os franceses, o Maciço Central e os Pirenéus, além de terem pela frente dois contrarrelógios - um de 25 e outro de 34 km - bem como 32,2 km de "sterrato" (caminhos de terra).
No total, os ciclistas terão de percorrer 3.492 km e um desnível de 52.230 metros, com sete etapas de montanha e quatro chegadas em alto (Saint-Lary-Soulan, Plateau de Beille, Isola 2000 e Col de la Couillole). O pelotão terá pela frente 27 grandes subidas, três nos Apeninos, uma nos Alpes italianos, doze nos franceses, três no Maciço Central e oito nos Pirenéus. Na 4ª etapa terão de enfrentar o primeiro colosso, o Galibier (23 km a 5,1%), cujo topo fica a sensivelmente 19 km da meta situada em Valloire.
O "sterrato" dará ainda mais espetáculo à prova. Inspirado na clássica italiana Strade Bianche, esta novidade chegará na 9ª etapa, véspera da primeira etapa de descanso, no meio das vinhas de Champaña, onde os ciclistas terão de enfrentar 14 setores de terra batida, num total de 32,2 km.
UMA VOLTA A FRANÇA MENOS MONTANHOSA
"Será um Tour menos montanhoso do que o do ano passado (que incluía 30 grandes subidas), mas isso não implica que seja menos duro", assegurou Prudhomme, que com este percurso pretende obter um equilíbrio entre trepadores e roladores, e alertou para a dureza da última semana.
Após o início "mais duro da história", graças aos 206 km entre Florença e Rimini, que atravessam os Apeninos num perfil acidentado, a alta montanha chegará "mais cedo do que nunca" na Volta a França, a partir da quarta etapa, com a subida ao Galibier, cujo topo se situa a 19 km da meta. Será a primeira das duas tiradas nos Alpes franceses, antes de o pelotão enfrentar na sétima etapa um contrarrelógio de 25 km entre Nuits-Saint-Geroges e Gevrey-Chambertin, com um perfil essencialmente plano, propício para especialistas.
Em Colombey-les-Deux-Églises será feita uma homenagem ao general De Gaulle (é lá que está situado o seu túmulo), depois o pelotão terá de enfrentar os caminhos de terra em Champaña, numa etapa com partida e chegada em Troyes. Após a primeira jornada de descanso, o vento pode ser protagonista na décima etapa, véspera de uma jornada explosiva no Maciço Central, situada entre os vulcões de Auvernia, com quatro subidas na parte final, a última delas de 3,3 km a 5,8% de pendente média.
Após duas jornadas de transição, o pelotão vai enfrentar uma espécie de clássica dentro do Tour, nos Pirenéus, com duas chegadas em alto, uma em Saint-Lary-Soulan (10,6 km a 7,9%), depois de subir o Tourmalet e Hourquette d´Ancizan, e outra no interminável Plateau de Beille (5,8 km a 7,9%).
FINAL EXPLOSIVO
Depois do segundo dia de descanso e de uma jornada plana, os ciclistas vão enfrentar novamente os Alpes, com duas subidas de média montanha em Superdévouly e Barcelonnette. Depois, terão de enfrentar Isola 2.000 (16,1 km a 7,1%), chegada da 19ª etapa. Antes têm de subir La Nonette, uma subida pouco conhecida, mas que possui uma estrada de acesso construída propositadamente para superar os seus 2.800 metros de altitude. Esta subida tem 22,9 km a 6,9% de pendente.
A parte final decorrerá nos arredores de Nice, com uma etapa de alta montanha no trajeto do Paris-Nice, mas com chegada no Col de la Couillole (15,7 km a 7,1%). No último dia, um exigente contrarrelógio de 34 km poderá decidir a classificação geral. Terá duas subidas (La Turbie, com os seus 8,1 km a 5,6% e Éze, com 1,6 km a 8,1%), portanto quem mostrar debilidades perderá muito tempo nestas duas secções, embora a parte final seja plana (junto ao Passeio dos Ingleses), portanto não pode ser classificada como uma cronoescalada.
ESTAS SÃO AS 21 ETAPAS DA VOLTA A FRANÇA 2024
1ª etapa. 29 de junho. Florença - Rimini. 206 km
2ª etapa. 30 de junho. Cesenatico - Bolonha. 200 km
3ª etapa. 1 de julho. Piacenza - Turim. 229 km
4ª etapa. 2 de julho. Pinerolo - Valloire. 138 km
5ª etapa. 3 de julho. Saint-Jean-de-Maurienne - Saint Vulbas. 177 km
6ª etapa. 4 de julho. Mâcon - Dijon. 163 km
7ª etapa. 5 de julho. Nuits-Saint-Georges Gevrey-Chambertin. CRI 25 km
8ª etapa. 6 de julho. Semur-en-Auxois - Colombey-les-Deux-Eglises. 176 km
9ª etapa. 7 de julho. Troyes - Troyes, 199 km
Segunda-feira. 8 de julho. Jornada de descanso em Orléans
10ª etapa. 9 de julho. Orléans - Saint-Armand-Montrond, 187 km
11ª etapa. 10 de julho. Évaux-les-Bains - Le Lioran, 211 km
12ª etapa. 11 de julho. Aurillac - Villeneuve-sur-Lot, 204 km
13ª etapa. 12 de julho. Agen - Pau, 171 km
14ª etapa. 13 de julho. Pau - Saint-Lary-Soulan, 152 km
15ª etapa. 14 de julho. Loudenvielle - Plateau-de-Beille, 198 km
Segunda-feira. 15 de julho. Jornada de descanso em Gruissan
16ª etapa. 16 de julho. Gruissan - Nimes, 187 km
17ª etapa. 17 de julho. Saint-Paul-Trois-Châteaux - Superdévoluy, 178 km
18ª etapa. 18 de julho. Gap - Barcelonnette, 179 km
19ª etapa. 19 de julho. Embrun - Isola 2.000, 145 km
20ª etapa. 20 de julho. Nice - Col de la Couillole, 133 km
21ª etapa. 21 de julho. Mónaco - Nice, 34 km (CRI).