Está tudo a postos para mais uma edição da Volta ao Alentejo. A prova, que já vai na 42ª edição, conta com o alto patrocínio do Crédito Agrícola e vai decorrer entre 26 e 30 de março. O tiro de partida será dado em Beja e durante cinco dias serão percorridos 816,9 km, envolvendo três dezenas de municípios dos “Quatro Alentejos”. O final da “Alentejana” fica reservado para a cidade de Évora, cidade Património da Humanidade com a sua imponente Praça do Giraldo a coroar os vencedores das 4 camisolas de lider em disputa.
ETAPAS
Beja recebe pela décima vez o começo da “Alentejana”, sendo a recordista de partidas da prova, tendo a última acontecido em 2023. Da Avenida do Brasil, junto à estátua do Bandeirante (António Raposo Tavares), onde se reedita a partida da etapa da Volta a Portugal de 2018, a caravana cumpre 166,6 km, com as Vilas de Cuba e Vidigueira a marcar a aproximação a Portel e à albufeira de Alqueva, cenário com que a passagem em Reguengos de Monsaraz e Mourão conduzirá a “Caravana” à “Cidade Salúquia”, como é conhecida Moura.

Tal como no ano passado, o Campo da Feira, em Castro Verde, será o cenário da partida da segunda etapa, que rumará a Aljustrel e terá uma incursão pelo Litoral Alentejano, com Odemira e Santiago do Cacém a anteceder a travessia da Serra de Grândola, já na proximidade da “Vila Morena”, local de chegada, depois de percorridos 171,5 km.

Ao terceiro dia o Carvalhal, destacada freguesia do concelho de Grândola, protagoniza uma presença inédita na Volta ao Alentejo, naquela que será a etapa mais longa da “Alentejana”, com 180 km. Alcácer do Sal, Alcáçovas e Montemor-o-Novo antecedem a nostálgica passagem pela aldeia de Ciborro, que se constitui como homenagem ao jornalista Fernando Emílio. Mora e Pavia conduzem a “Caravana” até Arraiolos, que regressa à corrida sete anos depois.

A quarta etapa é uma “clássica” da Volta ao Alentejo, com Monforte a receber a décima partida da prova, numa tirada que terá 147,7 km, a mais curta, mas a mais seletiva da corrida, com seis contagens de montanha. Arronches e Portalegre antecedem a escalada Mítica ao Cabeço do Mouro, prosseguindo para a Serra de São Mamede, Porto Espada, Marvão e duas passagens pela Serra de São Paulo, na Senhora da Penha, em Castelo de Vide, também conhecida pela Sintra do Alentejo, com final de etapa na segunda passagem pela Vila.

A cidade de Estremoz recebe o início da última etapa da prova. As pedaladas finais da Volta ao Alentejo Crédito Agrícola, a caminho de Évora, começam no sempre esplendoroso Rossio Marquês de Pombal, para disputa dos derradeiros 151,2 km da “Alentejana”. Elvas, Borba, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo apadrinham o já tradicional final, da 42ª Volta ao Alentejo Crédito Agrícola em Évora.

Tendo em conta que o venezuelano Orluis Aular, vencedor em 2022 e 2023, se transferiu para a espanhola Movistar, que não estará presente na Volta ao Alentejo, não haverá a quebra do recorde de dois triunfos, que pertence ao já retirado corredor espanhol Carlos Barbero (triunfou em 2014 e 2017). Só restam duas situações, que no máximo, levam ao empate no topo dos vencedores. Só dois corredores podem repetir o triunfo na "Alentejana", Eduard Prades que ganhou o ano passado e Maurício Moreira, que conseguiu o triunfo em 2021.
Continuando numa aposta na juventude e nas equipas Continentais das grandes formações do World Tour, a Podium Events, entidade organizadora da prova, convidou as equipas de formação da UAE/ Team Emirates, EF Education e Israel Premier Tech.
E quanto aos portugueses? Será que um português pode voltar a dar a supremacia aos corredores lusos? A última vitória de um português aconteceu em 2019, na última edição antes da pandemia. Recorde-se que em 2024 o jovem corredor alentejano, Afonso Silva (APHotels & Resort/ Tavira/ Farense), de 24 anos, natural de Odemira, foi o 4º da Geral Individual a escassos 13 segundos do vencedor.