A ASO, empresa que organiza a classíca Paris-Roubaix, confimou a colocação de uma "chicane" antes da entrada no mítico Bosque de Arenberg por motivos de segurança e a pedido da Associação dos Ciclistas Profissionais (CPA).
O diretor da prova, Thierry Gouvenou explicou esta decisão de introduzir duas curvas fechadas antes de Arenberg: "Enquanto ciclista competi aqui doze vezes e doze vezes me questionei como é que iria passar naquele espaço apertado. A ideia é acrescentar algumas curvas para travar o pelotão e alongá-lo, um pouco como o sistema de chicanes nos circuitos de automobilismo. Atualmente chegam ao bosque de Arenberg a 60 km/h. Se pudermos reduzir a velocidade a 30 ou 35 km/h, será menos arriscado. Os ciclistas disseram-me que preferiam travar bruscamente e arriscar-se a cair do que entrar a 60 km/h."
O Bosque de Arenberg é um dos setores empedrados mais emblemáticos desta prova e do mundo do ciclismo. Aliás, está catalogado como setor de cinco estrelas devido aos seus 2,3 km e à dificuldade do pavé. Está situado a 95 km da meta e costuma ser o primeiro local que pode definir o resultado da corrida. Geralmente o pelotão entra neste setor a 58 km/h, mas com a "chicane" a velocidade baixará consideravelmente.
Mathieu van der Poel - atual Campeão do Mundo, vencedor da Paris-Roubaix em 2023 e favorito à vitória neste domingo - ficou estupefacto com esta decisão. Chegou a escrever nas redes sociais "Isto é alguma brincadeira", em jeito de ironia.
Por seu lado, o diretor geral da equipa Visma-Lease a Bike, Richard Plugge, aplaudiu esta iniciativa, salientando a segurança que esta medida proporciona.