Competição

Tadej Pogacar volta a atacar de longe e vence Liège-Bastogne-Liège

O esloveno da UAE Emirates-XRG venceu o nono monumento da sua carreira. Graças a um ataque a 35 km da meta, em Côte de la Redoute, que não teve resposta dos seus rivais, somou a terceira vitória nesta clássica belga. 

Mateo López de Prado. Foto: Vincent Kalutt/PN/SprintCyclingAgency

2 minutos

Tadej Pogacar volta a atacar de longe e vence Liège Bastogne Liège

Tadej Pogacar (UAE Emirates - XRG) é claramente um ciclista fora de série. O esloveno venceu pela terceira vez a Liège-Bastogne-Liège, adotando uma tática usada inúmeras vezes: atacou de longe (neste caso, a 35 km da meta, em Côte de La Redoute) e não teve resposta à altura de nenhum dos seus rivais, seguindo isolado até à meta. Na luta pelos restantes lugares do pódio, Giulio Ciccone (Lidl-Trek) e Ben Healy (EF Education) foram os mais fortes. 

GRANDES EXPETATIVAS

Os belgas aguardavam com grande expetativa o desenrolar desta prova, uma das mais importantes do mundo e os 252 km do percurso, bem como as mais de 11 subidas, eram o cenário perfeito para um dos "combates" mais aguardados: Pogacar contra todos os outros. Como costuma ser habitual nesta prova, os fãs não ficaram dececionados. Até meio da prova não surgiram grandes momentos de interesse, mas depois começaram as hostilidades: uma fuga de 12 ciclistas tentou a sua sorte, sempre controlada pelo pelotão.

 

Quando faltavam menos de 100 km para a meta, surgiram movimentações no pelotão, primeiro com a INEOS a tentar mudar a situação de corrida. Os britânicos adotaram um ritmo mais elevado, tentando eliminar algum dos favoritos que estivesse em dificuldades e pouco depois foi a UAE Emirates-XRG a reagir, com o objetivo de neutralizar a fuga, o que veio a acontecer. Alcançado este objetivo, os ciclistas da equipa dos Emirados abrandaram o ritmo, esperando que o seu líder desse a machadada final. 

O instinto ofensivo de Pogacar é conhecido de todos e a 35 km da meta, em Côte de La Redoute, acelerou o ritmo. Giulio Ciccone (LIdl-Trek) e Julian Alaphilippe (Tudor Pro Cycling) foram os únicos que ainda tentaram seguir na sua roda, mas não tiveram sucesso. Passados alguns minutos Tom Pidcock (Q36.5 Pro Cycling) tentou replicar a perseguição ao esloveno na companhia de Ben Healy (EF Education-EasyPost) e de Remco Evenepoel (Soudal Quick Step), mas a sua superioridade numérica não se traduziu numa vantagem, dado que o campeão do mundo "voava" nas ruas de Liège e não perdia tempo. Aliás, em Roche aux Faucons, tinha 1m12 de vantagem. 

A superioridade de Pogacar foi incontestável. Venceu pela terceira vez consecutiva esta prova e fechou o ciclo de clássicas da Primavera com um à vontade impressionante. Quanto à luta pelos restantes lugares do pódio, Remco Evenepoel ficou fora da equação a 13 km da meta devido a um problema mecânico. Giulio Ciccone e Ben Healy ganharam vantagem e na reta da meta discutiram o segundo e terceiro lugares, ficando o italiano com o segundo posto e o irlandês com o terceiro. 

Quanto aos portugueses em prova, Nelson Oliveira foi 54º e Ruben Guerreiro 55º. Lembramos que ambos representam a equipa Movistar. 

CLASSIFICAÇÕES

 

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