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Taça do Mundo: Schurter ganha ronda inaugural no Brasil

O suíço ganhou em Petrópolis, mas esteve perto de perder a prova. Na categoria feminina a australiana Rebecca McConnell estreou-se a ganhar na Taça do Mundo e destaque ainda para o 7º posto de Ana Santos na categoria Sub-23.

Taça do Mundo: Schurter ganha ronda inaugural no Brasil
Taça do Mundo: Schurter ganha ronda inaugural no Brasil

A primeira ronda da Taça do Mundo de XCO levou a comitiva até Petrópolis, no Brasil, num percurso com subidas inclinadas, descidas rápidas e secções rápidas, como rock gardens e saltos. O público brasileiro, conhecido por ser muito eufórico e por apoiar constantemente os atletas apareceu em peso e animou a festa. Presentes estiveram mais de 30.000 espetadores. O calor e elevada humidade foram os grandes adversários dos atletas e, por isso, alguns rumaram ao Brasil há mais de uma semana para um período de aclimatação. 

Na prova principal (elite masculina), os atletas tinham de completar sete voltas e as hostilidades começaram logo após o tiro de partida. Ondrej Cink foi o primeiro a atacar, seguido de perto por Titouan Carrod e por Thomas Litscher. Logo atrás, para alegria dos brasileiros, Henrique Avancini rolava no quarto lugar. Como curiosidade, o pai de Avancini foi o responsável pelo design deste percurso. 

À entrada da segunda volta, este grupo de quatro elementos mantinha-se unido, mas Nino Schurter conseguiu juntar-se, bem como Alan Hatherly (campeão do mundo sub23 em 2018) e Christopher Blevins (vencedor da Taça do Mundo de Snowshoe em 2021). No seu encalce, Maxime Marotte, Vlad Dascalu, Mathias Fluckiger e Filippo Colombo tentavam a todo o custo lutar pelos lugares de pódio. 

Um pouco antes de iniciar a terceira de sete voltas do percurso, Schurter atacou, ganhando alguma vantagem. Avancini encetou uma perseguição ao suíço, levando sempre atrás de si os restantes perseguidores. Quando Schurter foi alcançado, retomaram as hostilidades, com Hatherly a impôr o ritmo, seguido de Dascalu. 

O ritmo infernal na frente de corrida começou a fazer estragos, com Cink a descair para sexto e Fluckiger a lutar contra a humidade e as condições do terreno nas zonas técnicas que ficavam cada vez mais perigosas. Na frente da corrida, Marotte, Schurter e Dascalu eram os únicos a conseguir andar "no vermelho" mais tempo. Atrás, Avancini - fortemente motivado por correr em casa e com 30.000 gargantas a gritar o seu nome - tentava manter-se no encalce do trio da frente, com Hatherly a fazer-lhe companhia. 

schurter 2
 

Contudo, na quinta volta, perderam terreno. Na penúltima volta, Colombo alcançou e ultrapassou este duo, lutando pelo Top10 final. 

Schurter almejava a sua 33ª vitória na Taça do Mundo, enquanto Dascalu e Marotte ainda sonhavam com a primeira. À entrada da última volta, os três estavam separados por milésimas de segundo. Como seria de esperar, Schurter foi o primeiro a atacar na subida mais dura da prova, mas Marotte conseguiu passar para a frente na última descida e tudo foi resolvido ao sprint. Schurter teve uma ponta final mais forte e assim somou a sua 33ª vitória. Com este resultado, igualou o recorde de Julien Absalon. Marotte acabou em segundo - aliás, é o seu quinto segundo lugar numa prova da Taça do Mundo -. 

Quanto à prova feminina, Loana Lecomte foi a primeira a atacar. Rebecca McConnell seguiu logo atrás, com Anne Terpstra no seu encalce. As zonas técnicas iam provocando algumas quedas, incluindo nas atletas mais reputadas.

Na quarta volta, o cenário mantinha-se na liderança, com Lecomte (nossa entrevistada na edição nº22 da revista BIKE) a controlar a corrida seguida por McConnell, contudo, a vantagem da francesa ia diminuindo. Terpstra também ia conseguindo aproximar-se da australiana e quando entraram na penúltima volta, as três já rolavam bastante perto umas das outras. 

Nessa altura, Terpstra atacou e entrou na última volta com 10 segundos de vantagem. Contudo, uma derrapagem fez com que McConnell passasse para a frente da corrida, ganhando a prova. Foi a primeira vitória da atleta de 30 anos na Taça do Mundo. Terpstra acabou em segundo e Lecomte em terceiro. 

Ana Santos
Ana Santos foi sétima na categoria Sub-23

Destaque ainda para o sétimo lugar de Ana Santos (X-Sauce Factory Team) na categoria Sub-23. A lusa chegou a andar no quinto posto, mas uma queda na última volta fez com que perdesse posições. Em todo o caso, foi o primeiro Top-10 na Taça do Mundo para a campeã nacional, somando 60 pontos. No final, referiu: "Foi uma prova muito dura, com muita humidade e onde rolei praticamente sozinha, marcando o meu próprio ritmo. Estou muito contente com o resultado... O meu primeiro Top Ten numa Taça do Mundo!"

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