A temível cronoescalada, como já se esperava, fez toda a diferença. A sua dureza, a imprevisibilidade e o cansaço acumulado ao longo dos dias deixaram a nu quem eram realmente os homens mais fortes desta Volta a Itália.
Num contrarrelógio atípico, Primoz Roglic foi o mais forte, mesmo tendo sofrido um problema técnico, que o fez perder segundos. E não foi a primeira vez que o esloveno teve problemas destes, mas a educação e a calma fizeram com que não perdesse a compostura e conseguisse retomar sem grandes problemas.
Geraint Thomas não esteve nos seus dias e reconheceu isso no final, dando os parabéns a Roglic, que é praticamente seu vizinho no Mónaco (aliás, os seus filhos são amigos).
Foi a primeira vitória de Roglic na Volta a Itália, passando a ter quatro Grandes Voltas (uma Volta a Itália e três Voltas a Espanha).
Feitas as contas, Roglic fez a cronoescalada em 44m23, Geraint Thomas demorou mais 40 segundos e João Almeida mais 42 segundos.
João Almeida ganha a classificação da juventude, um feito inédito no ciclismo português e fica em terceiro na geral da Volta a Itália, cimentando mais um resultado histórico no ciclismo luso.
Amanhã será a etapa de consagração da Volta a Itália e espera-se a presença de milhares de eslovenos.