O esloveno Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) voltou a demonstrar estar alguns furos acima da concorrência, ganhando a Strade Bianche (uma prova com sterrato de 215 km) após uma fuga inciada a 80 km da meta.
Os seus perseguidores ficaram a praticamente a três minutos: o letão Tom Skuijns (Lidl-Trek) cruzou a linha de meta a 2m44 e o belga Maxim van Gils (Lotto Dstny) a 2m47. O britânico Tom Pidcock (INEOS-Grenadiers) foi quarto classificado e ficou a 3m50 e o também esloveno Matej Mohoric (Bahrain-Victorious) fechou o pódio (ficou a 4m26).
"A prova foi muito rápida e seletiva desde o início. Acho que ninguém estava à espera disso. As condições estavam realmente muito difíceis e já não tínhamos muita ajuda no grupo. Em Sante Marie quase não conseguia ver nada, por isso decidi atacar. Eu sabia que ia ser difícil, mas estava a par da vantagem face aos perseguidores. A primeira prova da época é sempre difícil a nível mental, mas fiz uma boa preparação durante o Inverno. Não sei quais são as regras para ser classificada um "Monumento", mas a Strade Bianche tem o seu próprio carisma. É uma das provas mais populares e bonitas no mundo", disse Pogacar no final.
Apesar de ainda ser muito jovem, Pogacar não teve receio e atacou, brindando o público presente com um espetáculo que ficará na memória de todos. Durante os últimos 80 km em que pedalou sozinho em direção à meta, foi aplaudido pelos fãs, que gostam deste estilo combativo do esloveno. Lembramos que Pogacar vai fazer este ano a dobradinha Giro-Tour e também vai participar nos Jogos Olímpicos.
Esta clássica de sterrato, que vai na sua 18ª edição, terminou tal como a edição de 2022, com Pogacar a chegar a Piazza del Campo de Siena em primeiro, após uma fuga. Será que na Milão-San Remo do próximo dia 16 de Março vai fazer o mesmo?
Nelson Oliveira (Movistar) foi o único português em prova e acabou em 36º, a 10m29 de Pogacar.