Após vários dias de debate sobre o estado de forma de Tadej Pogacar - muitos argumentavam que o esloveno estava cansado devido à intensa temporada de clássicas, com duelos fortíssimos com Van der Poel, Evenepoel, entre outos - o ciclista da UAE Team Emirates voltou à carga e venceu a Flèche Wallone demonstrando que quando enverga um dorsal o seu objetivo não é terminar, é ganhar, sem misericórdia.
Na subida final (Muro de Huy) o esloveno atacou, destroçando literalmente o grupo de favoritos. O ataque ocorreu nas rampas mais duras (20% de inclinação), sempre sentado, algo inédito nos últimos anos.
O dia ficou ainda mais duro devido à chuva e ao frio, mas o trabalho coletivo da UAE Team Emirates, em especial do incansável Jan Christen, fez com que Tadej Pogacar chegasse a esta fase da corrida bem colocado e mais fresco do que o previsto.
Christen e Brandon McNulty fizeram o trabalho de aproximação às primeira rampas da subida final e nessa altura Ben Healy (EF Education) tomou a dianteira da corrida, mas Pogacar acelerou de imediato e passou por ele como um foguete, ganhando uma vantagem confortável que não teve resposta dos seus rivais.
Depois, foi só gerir o andamento até à meta e confirmar a segunda vitória nesta clássica (já tinha sido o vencedor em 2023). Kevin Vauquelin (Arkéa-B&B Hotels) distanciou-se dos restantes favoritos e ficou em segundo lugar pelo segundo ano consecutivo e Tom Pidcock (Q36.5) ficou em terceiro, confirmando a sua grande temporada. O top 10 ficou completo com Lenny Martinez, Ben Healy, Santiago Buitrago, Romain Gregoire, Thibau Nys, Remco Evenepoel e Mauro Schmid.
Apesar de ter vencido esta prova, o esloveno já tinha anunciado que o seu objetivo era o quarto monumento da temporada, ou seja, a Liége-Bastogne-Liége. Com esta vitória - a sexta da temporada - o seu palmarés impressionante já conta com 94 triunfos.
Quanto aos portugueses em prova, Ruben Guerreiro e Nelson Oliveira (ambos da Movistar), ficaram em 50º e 53º, respetivamente.
CLASSIFICAÇÃO
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