Esta Volta a França está a ser de loucos. Depois de inúmeros abandonos após quedas graves e alguns casos de Covid 19, o pelotão aos poucos está a ser dizimado.
Agora foi a vez de Rafal Majka (UAE Team Emirates) que teve de abandonar a Volta a França após sofrer uma distensão muscular como consequência de a corrente da sua bicicleta se ter partido na subida ao Muro de Péguère. Deste modo, sobram somente três colegas de equipa para o ajudar nas duras jornadas nos Pirenéus que se seguem: Brandon McNulty, Marc Hirschi e Mikkel Bjerg.
Segundo o médico da equipa dos Emirados, Adrian Rotunno, o ciclista polaco sofreu "uma rotura por distensão muscular depois de um problema mecânico na etapa 16 quando a corrente se partiu. Isto provocou um desprendimento parcial de elevado grau do músculo quadríceps direito, provocando o seu abandono. O ciclista não poderá andar de bicicleta durante algum tempo".
O problema mecânico ocorreu durante a subida ao duro Muro de Péguère (9.3km a 7.9%), na qual Majka estava a impor um ritmo muito forte que estava a deixar em dificuldades muitos dos ciclistas no grupo principal. Quando a corrente partiu, foi obrigado a fazer um movimento brusco para não cair e foi nessa altura que lesionou o músculo.
Esta baixa é de assinalar, dado que Majka estava a ser o ciclista que mais apoiava Pogacar na montanha e junta-se à lista de abandonos da UAE Team Emirates: Marc Soler abandonou ontem após problemas estomacais (vomitou durante toda a etapa) e George Bennet bem como Vegard Stake Laengen deram positivo ao COVID 19.
Sobram somente McNulty, Hirschi e Bjerg para apoiar o esloveno, mas Hirschi está muitos furos abaixo do seu real potencial.
Por seu lado, o dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), líder da prova, ainda conta com cinco gregários para os momentos decisivos da prova.
Destaque ainda para o abandono do belga Tim Wellens (Lotto-Soudal), após também ter dado positivo ao Covid 19.